segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

SOCIOLOGIA

ATIVIDADES DA SEMANA DE 14/12 ATÉ 18/12

OBSERVAÇÃO:

1 – Procure ler atentamente ao texto da atividade de recuperação do 4.º Bimestre.

2 – Encontre as palavras-chave como Raça, Desigualdade, Negros, Brancos, Diferenças.

3 – Tente realizar as atividades do 4.º Bimestre acessando os links deixados aqui.

4 – Qualquer dúvida, procure o professor enviando mensagem do chat da plataforma Classroom, através do email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ou no whatsapp: 14 98174-8501.

5 – Dias e horário de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23 horas); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00). Sábado e Domingo (Descanso semanal do professor).

FORMULÁRIOS GOOGLE:

1.º C:

Link: recuperação 4.º Bimestre: https://forms.gle/635hMN2KeEfaUjAg8

Atividade 1: https://forms.gle/oRPHXyoT9BZfN4hA8

Atividade 2: https://forms.gle/kEwLEzscmv2smQ3CA

Atividade 3: https://forms.gle/r8dAPtBjKX38YCQMA

Atividade 4: https://forms.gle/tiHntTf5ucdAZexD8

Atividade 5: https://forms.gle/HRFN6VaoUsAKA1QFA

Atividade 6: https://forms.gle/s4ysECk1ccXy9TMV8

Atividade 7: https://forms.gle/AiaduAhRxcDHeXaf8

 

1.º D:

Link recuperação 4.º Bimestre: https://forms.gle/QfJvus3YxnTVAiQdA

Atividade 1: https://forms.gle/dRkZbAUX6Tmiy5Ch8

Atividade 2: https://forms.gle/mB5DW9faRSdxmwvc8

Atividade 3: https://forms.gle/ZCc4u1fFb9Wx9V879

Atividade 4: https://forms.gle/C3Wc5dGJikXomqpt7

Atividade 5: https://forms.gle/AiHfreLGMRndokDFA

Atividade 6: https://forms.gle/3g4TAZEkqsLfzAgG9

Atividade 7: https://forms.gle/bKJ2xcRqgZHtoGPs8

 

1.º E:

Link: recuperação 4.º Bimestre: https://forms.gle/xbRMTFkVszJx5cXd9

Atividade 1: https://forms.gle/V4WsMpwBa3QQjwAt6

Atividade 2: https://forms.gle/aECs8rHePoJvGxAP8

Atividade 3: https://forms.gle/wVdmfiHaR8JEPujP6

Atividade 4: https://forms.gle/pwXDPP16XfXH7qKi8

Atividade 5: https://forms.gle/5TRUys97pNcaF3Vt9

Atividade 6: https://forms.gle/PY11vfwWvvgm3q8W9

Atividade 7: https://forms.gle/667vQMQBTfaQQHMg8

 

1.º ANO

RECUPERAÇÃO DE SOCIOLOGIA

O ABISMO BRASILEIRO ENTRE BRANCOS E NEGROS

A diferença entre o número de brancos e negros na população brasileira diminuiu entre os anos de 1996 e 2006, segundo o estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, divulgado [...] pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Se em 1996 o total de brancos correspondia a 55,2% (85.261.961) da população e o de negros a 44,7% (68.929.113), em 2006, o total passou a ser de 49,7% (93.096.286) de brancos, frente a 49,5% (92.689.972) de negros.

A representante do Fundo das Nações Unidas para as Mulheres (Unifem) Maria Inês Barbosa acredita que o crescimento da população negra não tem a ver apenas com o crescimento demográfico do país e, sim, com a melhoria na autoestima dessa parcela da população.

"Desde a década de 80, houve uma reafirmação da identidade negra. Isso provocou uma mudança entre as pessoas que antes se consideravam pardas e, agora, se assumem negras", afirmou.

[-]

Se no total da população há equilíbrio entre negros e brancos, as desigualdades em relação à educação ainda permanecem. Brancos e negros estão próximos quando analisada a inclusão no ensino fundamental. Há dois anos, 95,7% das crianças brancas cursavam os primeiros anos da escola. Já entre as negras, esse índice era de 94,2%. Entretanto, na análise sobre a inclusão no ensino médio, as diferenças se ampliam. São 58,4% de brancos e 37,4% de negros. O pesquisador do Ipea, Jorge Abrahão, afirma que o crescimento econômico não provoca diminuição da desigualdade entre negros e brancos.

"As desigualdades não diminuem tão rapidamente quanto o crescimento do país porque as políticas públicas fazem recorte por renda e não por gênero ou raça", disse.

"Fora isso, a renda pode aumentar, mas se está relacionada a fatores como escolaridade, e esse conjunto da população não alcança esses fatores, ele não atinge a renda", completou Abrahão.

COM BASE NO TEXTO, RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:

1) A DIFERENÇA ENTRE O NÚMERO DE BRANCOS E NEGROS NA POPULAÇÃO BRASILEIRA ENTRE OS ANOS DE 1996 E 2006:

(   ) AUMENTOU.

(   ) DIMINUIU.

2) SEGUNDO O TEXTO, QUAL É O ÍNDICE APONTADO DE CRIANÇAS NEGRAS QUE CURSAVAM OS PRIMEIROS ANOS DA ESCOLA:

(   ) 93,0%.

(   ) 95,7%.

(   ) 94,2%

ESTA AVALIAÇÃO DE RECUPERAÇÃO É VOLTADA PARA OS ALUNOS QUE NÃO ENTREGARAM ATIVIDADES NO 4º BIMESTRE.

PARA OS DEMAIS ALUNOS HAVERÁ ACRÉSCIMO DA PONTUAÇÃO NA NOTA BIMESTRAL, SE A REALIZAREM.

ALUNOS QUE PRECISAM REALIZAR A RECUPERAÇÃO

1.º C: 02,03,05,06,09,12,17,18,19,23,25,27,31.

1.º D: 02,03,06,07,08,10,11,12,13,14,15,16,18,19,21,22,23,25,26.

1.º E: 03,05,07,12,13,14,19,20,22,23,24,26,27,28,31,32,34,40,41,43,44.

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 07/12 ATÉ 11/12

OBSERVAÇÃO:

1 – Procure ler atentamente ao texto da atividade de recuperação do 4.º Bimestre.

2 – Encontre as palavras-chave como Raça, Desigualdade, Negros, Brancos, Diferenças.

3 – Tente realizar as atividades do 4.º Bimestre acessando os links deixados aqui.

4 – Qualquer dúvida, procure o professor enviando mensagem do chat da plataforma Classroom, através do email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ou no whatsapp: 14 98174-8501.

5 – Dias e horário de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23 horas); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00). Sábado e Domingo (Descanso semanal do professor).

FORMULÁRIOS GOOGLE:

1.º C:

Link: recuperação 4.º Bimestre: https://forms.gle/635hMN2KeEfaUjAg8

Atividade 1: https://forms.gle/oRPHXyoT9BZfN4hA8

Atividade 2: https://forms.gle/kEwLEzscmv2smQ3CA

Atividade 3: https://forms.gle/r8dAPtBjKX38YCQMA

Atividade 4: https://forms.gle/tiHntTf5ucdAZexD8

Atividade 5: https://forms.gle/HRFN6VaoUsAKA1QFA

Atividade 6: https://forms.gle/s4ysECk1ccXy9TMV8

Atividade 7: https://forms.gle/AiaduAhRxcDHeXaf8

 

1.º D:

Link recuperação 4.º Bimestre: https://forms.gle/QfJvus3YxnTVAiQdA

Atividade 1: https://forms.gle/dRkZbAUX6Tmiy5Ch8

Atividade 2: https://forms.gle/mB5DW9faRSdxmwvc8

Atividade 3: https://forms.gle/ZCc4u1fFb9Wx9V879

Atividade 4: https://forms.gle/C3Wc5dGJikXomqpt7

Atividade 5: https://forms.gle/AiHfreLGMRndokDFA

Atividade 6: https://forms.gle/3g4TAZEkqsLfzAgG9

Atividade 7: https://forms.gle/bKJ2xcRqgZHtoGPs8

 

1.º E:

Link: recuperação 4.º Bimestre: https://forms.gle/xbRMTFkVszJx5cXd9

Atividade 1: https://forms.gle/V4WsMpwBa3QQjwAt6

Atividade 2: https://forms.gle/aECs8rHePoJvGxAP8

Atividade 3: https://forms.gle/wVdmfiHaR8JEPujP6

Atividade 4: https://forms.gle/pwXDPP16XfXH7qKi8

Atividade 5: https://forms.gle/5TRUys97pNcaF3Vt9

Atividade 6: https://forms.gle/PY11vfwWvvgm3q8W9

Atividade 7: https://forms.gle/667vQMQBTfaQQHMg8

 

1.º ANO

RECUPERAÇÃO DE SOCIOLOGIA

O ABISMO BRASILEIRO ENTRE BRANCOS E NEGROS

A diferença entre o número de brancos e negros na população brasileira diminuiu entre os anos de 1996 e 2006, segundo o estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, divulgado [...] pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Se em 1996 o total de brancos correspondia a 55,2% (85.261.961) da população e o de negros a 44,7% (68.929.113), em 2006, o total passou a ser de 49,7% (93.096.286) de brancos, frente a 49,5% (92.689.972) de negros.

A representante do Fundo das Nações Unidas para as Mulheres (Unifem) Maria Inês Barbosa acredita que o crescimento da população negra não tem a ver apenas com o crescimento demográfico do país e, sim, com a melhoria na autoestima dessa parcela da população.

"Desde a década de 80, houve uma reafirmação da identidade negra. Isso provocou uma mudança entre as pessoas que antes se consideravam pardas e, agora, se assumem negras", afirmou.

[-]

Se no total da população há equilíbrio entre negros e brancos, as desigualdades em relação à educação ainda permanecem. Brancos e negros estão próximos quando analisada a inclusão no ensino fundamental. Há dois anos, 95,7% das crianças brancas cursavam os primeiros anos da escola. Já entre as negras, esse índice era de 94,2%. Entretanto, na análise sobre a inclusão no ensino médio, as diferenças se ampliam. São 58,4% de brancos e 37,4% de negros. O pesquisador do Ipea, Jorge Abrahão, afirma que o crescimento econômico não provoca diminuição da desigualdade entre negros e brancos.

"As desigualdades não diminuem tão rapidamente quanto o crescimento do país porque as políticas públicas fazem recorte por renda e não por gênero ou raça", disse.

"Fora isso, a renda pode aumentar, mas se está relacionada a fatores como escolaridade, e esse conjunto da população não alcança esses fatores, ele não atinge a renda", completou Abrahão.

COM BASE NO TEXTO, RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:

1) A DIFERENÇA ENTRE O NÚMERO DE BRANCOS E NEGROS NA POPULAÇÃO BRASILEIRA ENTRE OS ANOS DE 1996 E 2006:

(   ) AUMENTOU.

(   ) DIMINUIU.

2) SEGUNDO O TEXTO, QUAL É O ÍNDICE APONTADO DE CRIANÇAS NEGRAS QUE CURSAVAM OS PRIMEIROS ANOS DA ESCOLA:

(   ) 93,0%.

(   ) 95,7%.

(   ) 94,2%

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 30/11 ATÉ 04/12

OBSERVAÇÕES:

1 – Leia a atividade com atenção.

2 – O texto da aula trata da continuidade da discussão do Racismo no Brasil e de suas características como o Preconceito de Cor ou de Marca.

3 – Procure pelas palavras-chave: racismo; preconceito de cor; preconceito de marca; construção social.

4 – Assista as aulas no Centro de Mídias às 5.ªs feiras no horário das 15:30.

5 – Qualquer dúvida, entrar em contato pelo email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ou no whatsapp 14 981748501 e pelo classroom.

6 – Horário de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às 11:05hs e 19:00 às 23:00hs), Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00hs), Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05hs e 19:00 às 23:00hs).

Responder e enviar as atividades no Formulários do Google ou no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

FORMULÁRIOS GOOGLE:

1.º C: https://forms.gle/f6723pZ1meprkkP87

1.º D: https://forms.gle/YRvVJ5HkeHjUAey6A

1.º E: https://forms.gle/fA66utttpqCmfy5K6

 

1.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

RACISMO NO BRASIL (PARTE 2)

Mas afinal, existe racismo no Brasil? Na realidade, o que acontece é que aqui, diferente do que ocorreu nos Estados Unidos da América e na África do Sul, as relações raciais ocorrem por meio de um sistema muito complexo e ambíguo de diferenciação, não baseado em regras claras de descendência biológica, mas em diferenças fenotípicas designadas como “cor”. Por essa razão, muitos pensadores defenderam a ideia de que no Brasil não haveria preconceito racial, mas sim “preconceito de cor”.

A noção de cor também é uma construção social e embora pareçam características “naturais” das pessoas, não há nada de “natural” em selecionar e classificar as pessoas segundo a cor da pele, o tipo de cabelo ou o formato do nariz.

LEIA COM ATENÇÃO ESTE TRECHO:

“De fato, não há nada de espontaneamente visível na cor da pele, no formato do nariz, na espessura dos lábios ou dos cabelos, ou mais fácil se de ser discriminado nesses traços do que em outros, como o tamanho dos pés, a altura, a cor dos olhos ou a largura dos ombros. Tais traços só tem significado no interior de uma ideologia preexistente (para ser preciso: de uma ideologia que cria os fatos, ao relacioná-lo uns aos outros), e apenas por causa disso funcionam como critérios e marcas classificatórios.

Em suma, alguém só pode ter cor e ser classificado num grupo de cor se existir uma ideologia em que a cor das pessoas tenha algum significado. Isto é, as pessoas têm cor apenas no interior das ideologias raciais”

(GUIMARÃES, A, S. Racismo e antirracismo no Brasil. São Paulo. Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo/Editora 34, 1999, p. 47).

O termo “cor” usado para distinguir as pessoas carregado de conotações raciais e exerce a mesma função. Nesse sentido, a característica do racismo no Brasil é basear-se em preconceito de “marca” (cor, tipo físico, características fenotípicas) do que de descendência.

Os processos sociais que explicam a desigualdade racial no Brasil são diversos e complexos, e por isso é possível dizer que:

>> No Brasil colônia, a ordem escravocrata propiciava uma hierarquia social em que as posições eram mais claramente identificáveis. Com o fim da escravidão, a “cor” passou a ser importante marca de origem, uma espécie de código cifrado para “raça”.

>> Na ordem oligárquica brasileira, a “raça” ou “cor”, o status social e a classe estão intimamente ligados entre si. Como herança da ordem colonial, a elite predominantemente de cor branca, costumava ocupar posições sociais de prestígio, caracterizadas pela educação formal e o acesso a determinados privilégios e direitos que eram negados ao povo, predominantemente de cor parda e negra, que costumava viver em condição de pobreza e exclusão política, social e cultural.

>> A condição de pobreza dos negros e mestiços, assim como a condição servil dos escravos na colônia, era tomada como marca de inferioridade. Esse fator foi determinante para delimitar as posições sociais e quais grupos de “cor” estavam associados a elas.

ATIVIDADE

LEIA A QUESTÃO COM ATENÇÃO E RESPONDA CORRETAMENTE:

1) Diferente dos Estados Unidos da América e da África do Sul, no Brasil, as relações raciais ocorrem por meio de um sistema muito complexo e ambíguo de diferenciação, não baseado em regras claras de descendência biológica, mas em diferenças fenotípicas designadas como:

(   ) Raça.

(   ) Cor.

(   ) Etnia.

2) No Brasil, o termo “cor” usado para distinguir as pessoas carregado de conotações raciais e exerce a mesma função. Nesse sentido, a característica do racismo no Brasil é basear-se em preconceito de:

(   ) Raça.

(   ) Regional.

(   ) Marca.

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 20/11 ATÉ 27/11

Observações:

1 – Leia atentamente as questões e responda corretamente.

2 – Procure pelas palavras-chave.

3 – A atividade trata da discussão do racismo no Brasil

4 – Responder preferencialmente nos formulários do Google que serão disponibilizados no Classroom.

5 – Qualquer dúvida entrar em contato no whats 14 98174-8501 ou no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

6 – Atendimento aos alunos no chat da plataforma Classroom e no whats nos dias e horário: Segunda (07:00 às 11: 05 e 19:00 às 23:00), Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00), Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7 – Assistir as aulas no Centro de Mídias na 5.ª feira às 15:30.

FORMULÁRIOS GOOGLE:

1.º C: https://forms.gle/sUkxoour4rq5Qtt96

1.º D: https://forms.gle/dGCsvwcjjF9RTJu96

1.º E: https://forms.gle/tHa1kH7QnGkShxKD9

 

1.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

RACISMO NO BRASIL

A palavra racismo tem muitos significados diferentes.

O racismo é uma doutrina que prega a existência de raças humanas, com diferentes qualidades e habilidades, ordenadas de tal forma que umas seriam superiores a outras em termos de qualidades morais, psicológicas, físicas e intelectuais, quanto um conjunto de atitudes, preferências e gostos baseados na ideia de raça e superioridade racial, seja no plano moral, estético, físico ou intelectual. As atitudes consideradas racistas podem se manifestar de suas formas: pelo preconceito e pela discriminação.

O que é o Preconceito? O termo (pré)conceito quer dizer ideia ou crença prévia, anteriormente concebida a respeito de alguém ou alguma coisa. No caso do preconceito racial , trata-se de preconcepções das qualidades morais, intelectuais, físicas, psíquicas ou estéticas de alguém, baseadas na ideia de raça.

O que é Discriminação? O preconceito pode se manifestar verbalmente ou por meio de comportamento, nas atitudes e ações concretas de uma pessoa ou de grupo de pessoas. Nesse caso, quando a ideia de raça faz com que as pessoas recebam tratamento diferencial, dizemos que se trata de discriminação racial. Tal comportamento pode gerar segregação e desigualdade raciais.

(ANTONIO SÉRGIO GUIMARÃES, 2004, p. 18).

Como ocorrem as relações raciais no Brasil? Nosso país, originalmente ocupado por uma variedade de povos indígenas, foi colonizado por conquistadores portugueses, franceses, holandeses e de outras origens europeias, que trouxeram para cá costumes e tradições diferentes das dos seus primeiros habitantes. Em pouco tempo, imensas vagas de imigrantes forçados do continente africano vieram trabalhar como escravos e trouxeram também sua língua, sua religião e seus hábitos, continuando a forjar a chamada “mistura de raças” pela qual o Brasil ficou tão conhecido.

Diferente de outros países, nos quais a segregação com base na ideia de raça ocorreu de forma violenta e conflituosa, sancionada por regras precisas de filiação grupal, nosso país parecia ser um local tranquilo onde toda a gente convivia com a mistura de forma mais ou menos harmoniosa, bastando que, para isso, cada qual estivesse em seu lugar: o senhor na casa grande e o escravo na senzala.

Nos Estados Unidos, até o final dos anos 1960, e durante o regime do apartheid na áfrica do Sul, as regras de segregação racial eram claras: brancos e negros não se misturavam e não podiam conviver. No Brasil, entretanto, brancos, negros e indígenas não apenas conviviam, como possuíam uma longa história de miscigenação, ainda que dominada pelo homem branco: senhores de terras podiam ter filhos com escravas, índias ou negras, mas seus filhos não eram reconhecidos como legítimos, tampouco tinham direito á posse de terras ou à representação política. Isso teve uma consequência muito importante para a percepção da forma como aconteciam as relações raciais no Brasil: durante muito tempo, estudiosos e especialistas defenderam a ideia de que a miscigenação e a ausência de conflitos violentos seriam evidência de uma sociedade na qual as diferenças raciais não teriam importância significativa ou configurariam uma “democracia racial”. 

ATIVIDADE

RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:

1) DE ACORDO COM O TEXTO, QUAL É A DEFINIÇÃO DE RACISMO?

2) SEGUNDO O TEXTO, O QUE É O PRECONCEITO?

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 16/11 ATÉ 20/11

PREZADO ALUNO, 

APLICAÇÃO  DA AVALIAÇÃO  PROCESSUAL,  TERÁ  INICIO , EM 13/11 ATÉ  23/11/2020,SERÁ  ON LINE.
INFORMAMOS DA OBRIGATORIEDADE DA REALIZAÇÃO  DA REFERIDA AVALIAÇÃO, PARA EFEITO DE  MÉDIA  FINAL DO ANO LETIVO DE 2020.
💢A AVALIAÇÃO  CONSTITUE DE 26 QUESTÕES  DE PORTUGUÊS  E 26 DE MATEMÁTICA 
💢SIGA  AS INSTRUÇÕES  PASSO A PASSO PARA ACESSAR A AVALIAÇÃO:
💢ENTRAR NA SED-SECRETARIA ESCOLAR DIGITAL 
https://sed.educacao.sp.gov.br/
PREENCHA OS DADOS DE LOGIN E SENHA 
LOGIN: (NÚMERO  RA)
SENHA: DATA DE NASCIMENTO ( Se não mudou)
NO MENU, SELECIONE AS  OPÇOES:
💢  PEDAGÓGICO 
💢PLATAFORMA  CAED
CLIQUE EM CADERNO 
DE ATIVIDADES  DE PORTUGUÊS  E MATEMÁTICA 
CLIQUE EM INICIAR,LEIA COM ATENÇÃO AS QUESTÕES,  ESCOLHA A RESPOSTA CORRETA, CLIQUE EM PRÓXIMO 
CHEGANDO NA ÚLTIMA QUESTÃO,  CLIQUE EM FINALIZAR. APÓS FINALIZAR NÃO  PODERÁ  RETORNAR  A PROVA.
APÓS  O INÍCIO  DA AVALIAÇÃO   O ALUNO PODERÁ  FINALIZAR EM ATÉ  48 HORAS CORRIDAS.
O ALUNO QUE NÃO  DISPOR DE RECURSOS  TECNOLÓGICOS,  PODERÁ  FAZER  A AVALIAÇÃO  NA ESCOLA,  NO HORÁRIO  DAS 8:00 ÀS 20: 00 HORAS  , COM OS COORDENADORES BENILTON  OU EDUARDO  SEGUINDO O PROTOCOLO DE SEGURANÇA CONTRA O COVID 
FONE ESCOLA: 3425-3044
3425-2107

OU PODERÁ  REALIZAR A AVALIAÇÃO  PELO APLICATIVO  CAED:
ABRIR O PLAY STORE GOOGLE
PESQUISAR  APLICATIVO:
💢CADERNOS DE ATIVIDADES DE SÃO  PAULO( CAED-UFJF)
CLIQUE  EM ENTRAR
DIGITAR RA E SENHA
APARECERÁ  AS OPÇÕES  DE AVALIAÇÃO  PORTUGUÊS  E MATEMÁTICA 
LEIA COM ATENÇÃO , MARCANDO  UMA RESPOSTA
O TEMPO SERÁ  DE 48 HORAS  , PARA RESPONDER ÀS  QUESTÕES,  APÓS  TER  INICIADO O TESTE.
FINALIZAR
APÓS  FINALIZAR NÃO  PODERÁ  RETORNAR A PROVA.
CASO VOCÊ  TENHA QUALQUER DÚVIDA,  PEÇA  AJUDA AO SEU PROFESSOR 

💢💢💢💢💢💢💢💢


ALUNOS: NÃO DEIXE PARA ÚLTIMA  HORA , REALIZE O QUANTO ANTES A AVALIAÇÃO   ...
FAÇA  COM ATENÇÃO,  BOA PROVA

💢💢💢💢💢💢💢💢







 

 

-Assista ao vídeo para esclarecer suas dúvidas:

https://www.youtube.com/watch?v=j389erhv-QY

https://www.youtube.com/watch?v=oB6uaAx4Tek

ATIVIDADES DA SEMANA DE 09/11 ATÉ 13/11

OBSERVAÇÕES:

1-Leia o texto com atenção e responda as questões.

2-A atividade trata do tema de raça e etnia.

3-Procure pelas palavras-chave.

4-Preste atenção as definições dadas pelo texto aos conceitos-chave.

5-Ao final, responda as questões ao final da atividade.

6-Qualquer dúvida me contate pelo whatsapp 14 981748501 ou pelo email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

7-Estarei online na Plataforma do Classroom, Whats e Email nos seguintes dias e horários: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

8-Assistir as aulas no Centro de Mídias às 5.ªs feiras no horário das 15:30hs.

9-Ao concluir a atividade, enviar as respostas pelo formulário do Google ou pelo Whatsapp 14 981748501 ou pelo email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

 

PRAZO DE ENTREGA

13/11/2020

FORMULÁRIOS DO GOOGLE:

1.º C: https://forms.gle/7zHmY91ySSjKr1tb9

1.º D: https://forms.gle/hiJdqKyYGQLKMJ4q9

1.º E: https://forms.gle/n6AUUcWwBeyEMbRv7

 

1.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

RAÇA OU ETNIA

“Em Biologia, usa-se tradicionalmente a palavra para definir grupos de indivíduos distintos no interior de uma espécie.” Embora atualmente haja um consenso de que todos os povos pertencem à espécie humana, não há, efetivamente, um acordo sobre o que venham a ser, no interior de uma espécie, grupos de indivíduos distintos.

É interessante observa r que, após a Segunda

Guerra Mundial, principalmente em virtude do genocídio de judeus, poloneses, ciganos e de outros povos discrimina dos com base nas teorias sobre raça, o conceito passou a ser recusado pela Biologia. Hoje, com o desenvolvimento da genética, sabemos que as diferenças entre os grupos humanos variam de 5% entre populações oriundas do mesmo continente a 15% entre populações de continentes diferente s. Ou seja, na prática, 85% da diversidade genética humana fica no interior das populações, fato que não se observa em quase nenhuma outra espécie de mamífero do planeta (BARBUJANI, 2007). Isso significa que não existem grupos humanos geneticamente tão diferencia dos a ponto de afirmarmos que existam raças humanas.

LEIA O SEGUINTE TRECHO:

“Uma raça é uma categoria de pessoas cujas marcas físicas são consideradas socialmente significativas. Um grupo étnico é composto de pessoas cujas marca s culturais percebidas são consideradas significativas socialmente. Os grupos étnicos diferem entre si em termos de língua, religião , costumes, valores e ancestralidade.”

BRYM, R.; LIE, J. et al. Sociologia: sua bússola para um novo mundo. São Paulo: Cengage Learning, 2008. p. 220 (Grifos dos autores).

 

É importante enfatizar que o que define uma raça ou uma etnia é uma construção social; isto é, as diferenças físicas, culturais, comportamentais ou morais (reais ou imaginárias) são sempre atribuídas pelos grupos que as definem, sejam os próprios membros ou os outros com  quem se relacionam.

No primeiro caso, o próprio grupo se identifica como raça ou etnia no sentido de construir e afirmar identidades que promovam a coesão interna e o sentimento de pertencimento. Quais seriam as vantagens sociais disso? Eis algumas delas:

*vantagens econômicas: comunidades de migrantes e imigrante s muitas vezes dependem dos membros do seu grupo étnico para conseguir encontrar trabalho e residência quando se mudam de cidade, estado ou país. Com frequência, não têm contatos sociais extensos, conhecimento suficiente do local e de seus costumes, ou mesmo da língua, e precisam de apoio para se adaptar;

*vantagens políticas: o estabelecimento de uma identidade étnica diferencia da é um elemento fundamental quando um povo luta politicamente por direitos de cidadania, delimitação de territórios ou até mesmo pela independência. No Brasil, temos o exemplo de povos indígena s e comunidades quilombolas que lutam pela demarcação de terras e o reconhecimento de direitos específicos, como o caso dos movimentos negros que reivindicam cotas nas universidades públicas;

*vantagens emocionais: o pertencimento a um grupo étnico traz benefícios do ponto de vista emocional, especialmente quando o preconceito e a discriminação fazem com que o grupo necessite do apoio mútuo e da solidariedade daqueles com quem se identifica. O grupo também promove um sentido de enraizamento, especialmente no caso de imigrantes de segunda geração que precisam se adaptar à convivência em ambientes estranhos à cultura familiar. No segundo caso, a sociedade na qual o grupo está inserido distingue e destaca seus membros com base em características atribuídas. Em outras palavras, são as crenças e ideologias das pessoas que atribuem aos outros características que geram estereótipos associados à raça ou à etnia. No senso comum, por exemplo, os negros são considera dos melhores e mais habilidosos no futebol e em determinados nichos artísticos, como o da música popular, mas são tidos como mais próximos da criminalidade, dado o tratamento diferencia do que recebem da polícia e no sistema de justiça penal. Os descendentes de coreanos, japoneses e chineses, por sua vez, são considera dos talentosos em áreas como engenha ria e ciências exatas.

A questão é que os grupos humanos tendem a considerar “naturais” as características pelas quais se diferenciam uns dos outros. Porém, como vimos no volume anterior, as diferenças que nos distinguem não são naturais, mas culturais; ou seja, são socialmente construídas pelo próprio homem. Desse modo, elas não são sempre as mesmas, para todos os grupos, e não têm os mesmos fundamentos ou as mesmas consequências.

Muitas das distinções que existem entre os seres humanos colocam-nos em situações de desigualdade de poder, de direitos e de cidadania. Quando essas distinções geram crenças e atitudes baseadas na ideia de que existem raças humanas, dizemos que estamos diante do fenômeno de racismo.

 

ATIVIDADE

1) QUAL É A DEFINIÇÃO DE RAÇA PRESENTE NO TEXTO DA AULA?

2)QUAIS SÃO AS 3 VANTAGENS APONTADAS PELO TEXTO NA QUESTÃO DO USO DOS TERMOS RAÇA E ETNIA?

 

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 03/11 ATÉ 06/11

OBSERVAÇÕES:

1-ler atentamente ao texto e responder corretamente as questões.

2-O texto da aula trata das teorias de classe e estratificação em Karl Marx e Max Weber.

3-Procure pelas palavras-chave como: classe, burguesia, proletariado, extrato social.

4-Assistir as aulas no Centro de Mídias as 5.ªs feiras no horário das 15:30hs.

5-Responder as questões da atividade preferencialmente no formulário do Google disponibilizado. Quem não conseguir acessar, pode enviar imagens legíveis da atividade realizado no whatsapp 14 98174-8501 ou no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

6-Estarei atendendo aos alunos nos seguintes dias e horários: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00). Qualquer dúvida enviar mensagem no whatsapp ou no email.

 

FORMULÁRIOS:

1.º C: https://forms.gle/3fzUt3SbF9sc68nx9

1.º D: https://forms.gle/kjfMUptFbdnb1hDr9

1.º E: https://forms.gle/M7VV1GKKArBpEGZK9

 

1.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

 TEORIAS DE CLASSE E ESTRATIFICAÇÃO

Em nossa sociedade, podemos verificar as diversas formas com as quais os membros de uma população se relacionam segundo a classe econômica. A partir dessas observações, podemos perceber que:

* pessoas e grupos têm acesso diferenciado ao conjunto dos bens produzidos e distribuídos pelo conjunto da sociedade;

* o acesso desigual aos bens, à propriedade, aos meios de produção e às oportunidades de ascensão e mobilidade social cria desigualdades estruturadas entre diferentes grupos de pessoas;

* uma das maneiras de descrever as desigualdades existentes entre grupos nas sociedades humanas é por meio de sistemas de estratificação social.

Há diversos sistemas de estratificação social, que variam conforme as características consideradas pelos historiadores, economistas e sociólogos que analisam a sociedade em questão. Geralmente, a estratificação social leva em consideração as diferenças em termos de bens ou propriedades, mas é possível observar diferenças entre grupos sociais em razão de muitos outros aspectos, que vão além da renda e da riqueza.

As primeiras ideias desenvolvidas sobre como as sociedades se organizavam remontam ao final do século XIX e ao início do século XX. Dois dos principais autores estudados pela Sociologia, Karl Marx (1818-1883) e Max Weber (1864-1920), formaram a base para a maioria das teorias sociológicas de classe e estratificação. Nesta etapa, estudaremos como Marx e Weber pensavam a organização da sociedade em estratos e classes.

 

I – KARL MARX

 

Karl Heinrich Marx (1818-1883) foi um filósofo e sociólogo alemão cujas ideias foram fundamentais para a formação da Sociologia. Escreveu sobre economia, política, socialismo e história. Vivendo no século XIX. Marx testemunhou o crescimento das fábricas e da produção industrial. bem como as desigualdades que resultaram da exploração do trabalho nessa época. Uma de suas principais preocupações foi explicar as mudanças na sociedade durante a Revolução Industrial. Marx adotou posições políticas radicais em relação à situação enfrentada pelos trabalhadores de sua época e se tornou um dos grandes defensores do comunismo.

 

1.1 – O PENSAMENTO DE MARX

 

"Para Marx, uma classe é um grupo de pessoas que se encontram em uma relação comum com os meios de produção - os meios pelos quais elas extraem o seu sustento. Antes do avanço da indústria moderna, os meios de produção consistiam primeiramente na terra e nos instrumentos utilizados para cuidar das colheitas ou dos animais no campo. Logo, nas sociedades pré-industriais, as duas classes principais eram aquelas que possuíam a terra (os aristocratas, a pequena nobreza ou os donos de escravos) e aqueles que se envolviam ativamente na produção a partir da terra (os servos, os escravos e os camponeses livres). Nas sociedades industriais modernas, as fábricas, os escritórios, o maquinário e a riqueza, ou o capital necessário para comprá-las, tomaram-se mais importantes. As duas classes principais são formadas por aqueles que possuem esses novos meios de produção - os industrialistas ou capitalista - e aqueles que ganham a vida vendendo seu trabalho para eles - a classe operária, ou, no termo hoje em dia um tanto arcaico às vezes preferido por Marx, O 'proletariado'." (GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 235).

 

 

A partir da leitura, podemos fazer as seguintes observações:

 

1º a análise desenvolvida no pensamento de Marx é histórica, ou seja, leva em consideração sempre o tipo de produção social de uma dada sociedade, historicamente determinada. Por exemplo: na sociedade pré-industrial, a produção dos bens econômicos ocorre sempre a partir a terra e das relações de posse, uso e trabalho da terra. Já na sociedade capitalista, os meios de produção se diversificam e novas relações de trabalho surgem em função disso:

 

2º a estrutura de classes é um fenômeno histórico-social que surge somente no tipo de produção social capitalista moderna;

 

3º elementos que definem as classes sociais são as condições comuns, ou seja, uma relação comum com os meios de produção que leva essas pessoas a se encontrarem em idênticas condições de vida, interesses, problemas e costumes[1].

 

Finalizando a discussão sobre a teoria de Marx, cabe ainda a questão: E onde ficariam as classes médias? Para Marx, no processo de desenvolvimento do capitalismo, haveria uma tendência à concentração do capital e da propriedade da terra e, consequentemente, à formação de duas classes fundamentais: de um lado, a dos grandes proprietários de terras e dos grandes capitalistas e, de outro, a dos trabalhadores assalariados, com a progressiva incorporação de elementos de outros setores sociais. "As classes médias - 'classes residuais', 'pequena burguesia', 'classes de transição', 'classe dos pequenos proletários autônomos' - colocar-se-iam entre os dois polos das classes fundamentais: entre a classe dominante e a proletária[2]."

 

A abordagem de Weber baseia-se em várias considerações de Marx, mas aprofunda-as em diversos aspectos.

 

II – MAX WEBER

Caixa de texto:  Max Weber (1864-1920) nascido na Alemanha, escreveu sobre os mais variados campos do conhecimento, desde economia, direito, filosofia, religião, história e principalmente sociologia. Preocupou-se ainda com o desenvolvimento do capitalismo moderno e com a maneira como a sociedade moderna se organizava socialmente em comparação com as ­sociedades do passado. Seu método de análise é conhecido como compreensivo e tem como um dos objetos centrais de investigação a ação social e seus significados.

 

MAX WEBER.

 

Um elemento fundamental na análise weberiana é o tipo ideal. Trata-se de uma construção analítica que pode ser usada para compreender o mundo real. É importante enfatizar que os tipos ideais:

a) não são um objetivo perfeito ou desejável a ser alcançável. O termo "ideal" significa que eles pertencem ao plano das ideias, isto é, só existem em hipótese;

b) seriam formas "puras" de um fenômeno e, portanto, não existiriam exatamente da forma como foram idealizados no mundo real ou sequer seriam encontrados. Porém, essas construções hipotéticas são muito úteis como referências para comparação. Ao compararmos a realidade com um tipo ideal, podemos compreender melhor o mundo.

A tese da estratificação de Weber, portanto, também deve ser entendida como uma construção baseada em tipos ideais. Isso significa que a descrição de como a sociedade capitalista moderna estaria organizada é apenas uma referência teórica para pensarmos a realidade.

2.1 – O PENSAMENTO DE WEBER

 

"Assim como Marx, Weber percebia as classes como categorias econômicas (Weber, 1946 [1922]: 180-95). Entretanto, ele não achava que um critério único - posse ou falta de propriedade - determinasse a posição de classe. A posição de classe, escreveu, é determinada pela 'situação de mercado' da pessoa, o que inclui a posse de bens, o nível de educação e o grau de habilidade técnica. Nessa perspectiva, Weber definiu quatro classes principais: grandes proprietários; pequenos proprietários; empregados sem propriedade, mas altamente educados e bem pagos; e trabalhadores manuais não proprietários. Dessa forma, empregados de colarinho branco e profissionais especializados surgem como uma grande classe no esquema de Weber. Weber não apenas ampliou a ideia de classe de Marx como também reconheceu que dois outros tipos de grupos, que não a classe, têm relação com a maneira como a sociedade é estratificada: grupos de status e partidos." (BRYM, R.; LIE, J. et al. Sociologia: sua bússola para um novo mundo. São Paulo: Cengage Learning, 2008. p. 192. ).

 

“Na teoria de Weber, o status refere-se às diferenças existentes entre os grupos sociais quanto à honra e ao prestígio social conferido pelos demais. Nas sociedades tradicionais, o status era, em geral, determinado com base no conhecimento direto de uma pessoa, adquirido por múltiplas interações em diferentes contextos ao longo de um período de anos. No entanto, com o aumento da complexidade das sociedades, criou-se a impossibilidade de o status ser sempre concedido dessa forma e, em vez disso, de acordo com Weber, o status passou a ser expresso por meio dos estilos de vida das pessoas. Sinais e símbolos de status - como moradia, o vestir, o modo de falar e ação - ajudam a moldar a posição social do indivíduo aos olhos dos outros. As pessoas que compartilham do mesmo status formam uma comunidade na qual existe uma noção de identidade conjunta." (GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 237).

 

a) Depois de expostas as teorias e os pensamentos de Karl MARX e Max Weber, passemos, ponto a ponto, às diferenças entre as teorias de ambos sobre a estratificação social.

 

1º ponto: assim como Marx, Weber considerava que a sociedade capitalista moderna caracterizava-se pelo conflito sobre a posse de bens e recursos materiais e econômicos;

 

2º ponto: a ordem econômica é apenas a maneira como os bens e serviços são utilizados e distribuídos. Weber distinguia também duas outras ordens, que interferiam na organização da sociedade: a ordem jurídica, que influencia diretamente a distribuição do poder, e a ordem social, que é o modo como a ‘honra’ social se distribui dentro de uma unidade entre os grupos que a compõem. Por honra social entendemos as posições de prestígio e status conferidas a indivíduos e grupos;

 

3º embora as condições econômicas estivessem diretamente relacionadas na determinação das divisões de classe, para Weber as desigualdades sociais se originam de fatores mais complexos do que a posse ou não dos meios de produção. A posição de mercado, as qualificações, as titulações, o grau de escolaridade, os diplomas e as habilidades adquiridas modificam sensivelmente as oportunidades e as possibilidades de ascensão social dos indivíduos.

 

ATIVIDADE

RESPONDA CORRETAMENTE AS SEGUINTES QUESTÕES:

1) DE ACORDO COM O TEXTO, O QUE É UMA CLASSE PARA KARL MARX?

2) DE ACORDO COM O TEXTO, COMO WEBER PERCEBIA AS CLASSES?

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 26/10 ATÉ 30/10

Observações:

1 – Ler atentamente o texto e realizar a atividade corretamente.

2 – O texto aborda a temática de Classe e Estratificação, verificando a questão de classe e renda.

3 – Procure pelas palavras-chave.

4 – Assistir as aulas no Centro de Mídias às 5.ªs feiras no horário da 15:30.

5 – Estarei atendendo aos alunos no whatsapp 14 98174-8501 e no email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

6 – Horários e Dias de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05); e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7 – Estarei recebendo as atividades no whatsapp (Imagens legíveis), Email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br e no formulário do Google.

 

1.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

CLASSE E ESTRATIFICAÇÃO

“[...] As sociólogas Christiane Uchôa e Celia Kerstenetzky, da UFF, analisaram os indicadores sociais da nova classe média, com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF ) do IBGE de 2009. E se surpreenderam ao perceber que 9% dos pais de família do grupo são analfabetos, 71% das famílias não têm planos de saúde e 1,2% das casas (cerca de 400 mil) seque r têm banheiros. ‘A chamada nova classe média não se parece com a classe média como a reconhecemos’, concluem as pesquisadoras.

Criador do conceito ‘nova classe média’, o economista Marcelo Neri, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vê nas críticas uma reação de sociólogos que, para ele, ‘se sentem um pouco invadidos’: ‘Desde o começo a gente não   está falando de classes sociais, mas de classes econômicas. Economistas são pragmáticos, talvez simplifiquem demais as coisas. Mas, entre 2003 e 2011, 40 milhões de pessoas se juntaram à classe C no Brasil, que passou para 105 milhões de pessoas’.

No recorte feito por Neri em 2009, eram consideradas como classe média famílias com renda mensal entre R$ 1.200 e R$ 5.174. Agora, as faixas foram atualizadas para entre R$ 1.750 e R$ 7.450.

‘É claro que essa não é uma classe média europeia ou americana, é a classe média brasileira. Mas não olham os só a renda, é uma métrica mais sofisticada. Há melhoras em indicadores de educação e, principalmente, de trabalho, que dá sustentabilidade às conquistas. O grande símbolo dessa classe média não é o celular nem o cartão de crédito, mas a carteira assinada [...]’”.

‘Nova classe média’ tem trabalho precário, pouca instrução e moradia inadequada. O Globo, Caderno Economia, 21 mar. 2013.

Disponível em: http://oglobo.globo.com/economia/nova-classe-media-tem-trabalho-precario-pouca-instrucao-moradia-inadequada-7914148. Acesso em: 26/10/2020.

 

ATIVIDADE

APÓS A LEITURA DO TEXTO, RESPONDA CORRETAMENTE AS SEGUINTES QUESTÕES:

 

1) NOME E SÉRIE

2) QUANTAS PESSSOAS SE JUNTARAM À CLASSE C E EM QUAL PERÍODO ISSO OCORREU?

3) QUAL É O TAMANHO ATUAL DA CLASSE C?

4) A ENTRADA DE UM IMENSO CONTINGENTE DE PESSOAS NA CLASSE MÉDIA SIGNIFICA QUE ELAS PASSARAM A PARTILHAR DAS CONDIÇÕES DA CLASSE MÉDIA QUE JÁ ESTAVA CONSOLIDADA? CITE DADOS DO TEXTO NA SUA ARGUMENTAÇÃO.

5) QUAL É O GRANDE SÍMBOLO DESSA “NOVA CLASSE MÉDIA”?

 


 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 19/10 ATÉ 23/10

                Observações:

1 – Ler atentamente o texto e realizar a atividade corretamente.

2 – O texto aborda a temática da desigualdade e da diferença, verificando a questão de classe e renda.

3 – Procure pelas palavras-chave.

4 – Assistir as aulas no Centro de Mídias às 5.ªs feiras no horário da 15:30.

5 – Estarei atendendo aos alunos no whatsapp 14 98174-8501 e no email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

6 – Horários e Dias de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05); e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7 – Estarei recebendo as atividades no whatsapp (Imagens legíveis), Email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br e no formulário do Google

 

1.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

DESIGUALDADE E DIFERENÇA

No dia a dia, convivem os com pessoas que exercem as atividades mais variadas e recebem rendimentos diversos para cada trabalho realizado. Dependendo da posição ocupada no mercado de trabalho, do grau de especialização da atividade exercida e da competitividade naquela área de atuação, os ganhos serão maiores ou menores. Isso faz com que cada pessoa tenha acesso a benefícios e oportunidades de mobilidade social diferenciadas.

Vejam os um exemplo: uma pessoa capacitada para operar máquinas pode se tornar um trabalha dor da indústria, ter um emprego com carteira assinada e receber um salário. Se for casada e seu cônjuge também tiver um emprego remunerado, ambos poderão somar suas rendas e economiza r para dar entrada no financiamento de uma casa própria. Porém, se não tiverem outra fonte de renda além do salário, seu padrão de vida será limita do ao que conseguirem economizar a cada mês. Uma pessoa proprietária de máquinas, por outro lado, capacitada para administrar uma indústria, pode se tornar um empregador e investir em um ramo empresarial, gerar capital e obter lucro. Com o lucro obtido a partir do trabalho dos empregados na sua indústria, poderá investir na continuidade do seu negócio e na bolsa de valores. Se for um bom empreendedor, poderá alcançar um bom padrão de vida a partir dos rendimentos obtidos dos seus investimentos.

O que há de diferente nos dois exemplos menciona dos? A capacitação para o trabalho? A posição ocupada no mercado de trabalho? Quanto cada um obtém no fim do mês? Nesse exemplo, bastante simples, a diferença é que o operador de máquinas não é o dono da máquina e, portanto, pode apenas vender o seu trabalho para o seu empregador. No segundo caso, o industrial é o proprietário das máquinas e, portanto, pode dispor do trabalho de muitos emprega dos. Há aqui uma diferença fundamental entre ambos, que os coloca em situação de desigualdade: o fato de possuir os meios de produção (máquinas, galpão, energia elétrica, matéria-prima, ou seja, tudo o que permite produzir alguma coisa) faz com que o industrial tenha muito mais capacidade de gerar   renda do que o trabalhador.

Essa é apenas uma maneira de se perceber a desigualdade social. Com efeito, podemos analisar a diferença de posição entre as pessoas com base nos mais diversos atributos, como o gênero, a idade, a afiliação religiosa ou posto militar, por exemplo. A forma mais comum de medir a desigualdade social é por meio da renda: quanto maiores as diferenças entre os rendimentos obtidos pelas pessoas em uma comunidade, sociedade ou país, maior a desigualdade entre elas.

Vejam os o caso do Brasil. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2007, os rendimentos obtidos pelos brasileiros vêm aumentando progressivamente. Isso mostra que, até 2007 pelo menos, o país encontrava-se em situação de crescimento econômico. Porém, a distribuição dos rendimentos entre a população permanecia extremamente desigual.

Chame a atenção dos alunos para o Gráfico 1.




Observe que:

* O maior percentual (33%) refere-se a pessoas acima de 10 anos que não tinham qualquer forma de rendimento na ocasião da pesquisa;

* 45% dos brasileiros recebiam menos de 1 a 2 salários mínimos;

* Cerca de 2% recebiam de 10 a 20 salários mínimos e apenas 1% da população recebia mais de 20 salários mínimos.

 

ATIVIDADE

 

1) Qual é o percentual de pessoas que recebem até um salário mínimo?

2) Qual é o percentual de pessoas que recebiam no total até 2 salários mínimos?

3) Qual é o percentual de pessoas que recebiam de 2 a 3 salários mínimos?

4) Qual é o percentual de pessoas que recebiam de 10 a 20 salários mínimos?

5) Qual é o percentual de pessoas sem rendimentos?

 

ATIVIDADES DA SEMANA 13/10 ATÉ 16/10

Observações:

1 – Leia atentamente as questões e responda corretamente.

2 – Procure pelas palavras-chave.

3 – A atividade trata das características da cultura.

4 – Responder preferencialmente nos formulários do Google que serão disponibilizados no Classroom.

5 – Qualquer dúvida entrar em contato no whats 14 98174-8501 ou no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

6 – Atendimento aos alunos no chat da plataforma Classroom e no whats nos dias e horário: Segunda (07:00 às 11: 05 e 19:00 às 23:00), Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00), Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7 – Assistir as aulas no Centro de Mídias na 5.ª feira às 15:30.

LINKS DOS FORMULÁRIOS:

1.º C: https://forms.gle/rZwAggBeGjnxFVpu6

1.º D: https://forms.gle/vqetU6mZfNgsJYKX6

1.º E: https://forms.gle/Lc74cDzYVcwYR9GB7

 

1.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

O HOMEM E A CULTURA

Veja as características da cultura:

a) simbólica: a cultura é um conjunto de significados sistematiza dos transmitidos por símbolos e sinais, ou seja, a linguagem; Podemos tomar como exemplo o coração:

como um símbolo, seu significa do é construído social, histórica e culturalmente. Logo, pode variar em uma mesma cultura e entre diferentes culturas. Entre nós é muito usado em propagandas. Em uma propaganda do Dia dos Namorados, por exemplo, a imagem de um coração batendo ao lado de duas pessoas entrelaçadas significa amor. Mas o coração em nossa sociedade também é utilizado como símbolo da vida. Assim, em outra propaganda, cujo tema é a doação de órgãos, a imagem de um coração batendo não está tão relacionada apenas com amor, mas, sim, com a vida, com solidariedade.

b) social: não existe uma cultura individual. Toda cultura é necessariamente partilha da por um grupo. Ela diz respeito a um sistema de símbolos socialmente partilha dos que ajudam a reger o nosso comportamento;

Por exemplo, o direito. O direito reflete as regras do grupo, o que é importante para aquele grupo, para aquela sociedade. Ele diz respeito a significa dos e comportamentos socialmente partilhados e tidos como aceitáveis pela maioria da população, e que por serem tão importantes são codifica dos na forma de lei. Caso a lei não faça mais sentido

para a maioria da população, ela pode deixar de fazer parte do Código. Por exemplo, até algum tempo atrás um homem poderia matar a sua mulher e alegar legítima defesa da honra. Hoje, isso não é mais aceito pela maioria da população e essa lei foi retira da do Código Civil. Nenhum homem tem o direito de matar sua esposa.

c) dinâmica e estável: pode-se dizer que toda cultura é ao mesmo tempo dinâmica e estável. As culturas são dinâmica s, pois se transformam. Não há cultura que permaneça estática. Mas é claro que umas se transformam mais rápido, outras mais devagar. Entretanto, ao mesmo tempo que as cultura s mudam, pode-se dizer que essa mudança não ocorre diariamente. Existem padrões, modelos institucionalizados de comportamentos que são considerados aceitáveis e que não se modificam da noite para o dia. Por essa razão é possível dizer que elas também são estáveis, pois durante determina do período de tempo (que varia de cultura para cultura) permanecem as mesmas;

Existem duas possibilidades de mudança cultural: uma que é interna à própria cultura e outra que é o resultado do contato com outro sistema cultural. Elas mudam, então, devido a fatores internos ou externos. A mudança por fatores internos à própria cultura é mais difícil de ocorrer, pois a tendência de uma determina da cultura, quando tem pouco contato com outras, é a de reproduzir sempre o mesmo padrão. As mudanças culturais em virtude de fatores externos são mais fáceis de ocorrer. O contato com culturas com valores, costumes, modos de vida diferentes dos nossos pode provocar transformações culturais.

Um exemplo de mudança por fatores externos é o dos hábitos alimentares dos brasileiros. Na nossa cultura não havia quase o hábito de comer hambúrguer. Mas, como a influência da cultura norte-americana é grande, isso está mudando. Com a entrada de redes de fast-food, propagandas e a produção de hambúrgueres em larga escala, com um preço cada vez mais baixo, é difícil encontrar indivíduos, especialmente os mais jovens, que não apreciem esse tipo de alimento.

d) seletiva: a cultura está sempre mudando. É verdade. Mas a cultura muda de forma seletiva. Cada cultura absorve determina dos padrões, mas não todas as formas possíveis.

É preciso dizer que muitas vezes essa seleção é inconsciente. Há a tendência de achar que o padrão cultural estabelecido não é um padrão cultural, mas, sim, um comportamento natural. As pessoas se esquecem de que outros padrões são possíveis;

Para esclarecer essa questão, tome como exemplo o casamento. Existem muitos padrões possíveis de casamento na humanidade: o de um homem com uma mulher (monogâmico), o de duas mulheres ou dois homens (homossexual), o de um homem com mais de uma mulher (poligâmico) e o de uma mulher com mais de um homem (poliandria). Na nossa cultura, o único aceito do ponto de vista jurídico, ou seja, o que é legalmente aceito, é aquele entre um homem e uma única mulher. Mas outros padrões são admitidos em diferentes sociedades. Na Holanda, por exemplo, admite-se o casamento de um homem com uma mulher, o de duas mulheres e o de dois homens, mas não o casamento poligâmico ou a poliandria. Já no Irã, é permitido não só o casamento entre um homem e uma mulher, mas o casamento poligâmico também, enquanto a poliandria e o casamento homossexual são impensáveis para a sociedade iraniana.

e) determinante e determinada: ao mesmo tempo que a cultura se impõe sobre o indivíduo, que determina o seu comportamento, o indivíduo pode mudar a cultura, ou seja, ela pode ser determinada pelo indivíduo. Toda cultura é uma obra coletiva, mas pode ser  modificada e é vivida de diferentes maneiras pelas diferentes pessoas. Ela não é só uma amarra, ela não só se impõe sobre nós. Nós também podemos modificá-la determiná-la. Afinal, apesar de existir um sistema de símbolos partilha do por todos, as pessoas não se inserem em uma cultura todas da mesma forma, seja porque cada subgrupo dentro de uma cultura se relaciona com ela de uma forma diferente, seja  porque cada pessoa compreende e se relaciona com os mesmos padrões culturais de uma maneira única. Caso isso não ocorresse, todos dentro de uma mesma cultura pensariam da mesma forma, pois partilhariam valores e símbolos. Mas não é isso o que acontece. Cada indivíduo se relaciona com o padrão social e culturalmente estabelecido de forma única.

 

ATIVIDADE

Responda as seguintes questões:

1) Por que a cultura é simbólica?

2) Por que a cultura é social?

3) Por que a cultura é dinâmica e estável?

4) Por que a cultura é seletiva?

5) Por que a cultura é determinante e determinada?

 

 


 ATIVIDADES PARA A SEMANA DE 21/09 ATÉ 25/09


OBSERVAÇÕES:

1-Leia atentamente o texto e depois procure responder corretamente as questões pedidas.

2-A aula trata da temática da compreensão do significado do conceito de cultura e suas variações e as delimitações entre os humanos e os animais.

3-Procure pelas palavras-chaves: cultura, conhecimento, sinal, símbolo, significado.

4-Assistir as aulas de Sociologia no Centro de Mídias semanalmente às 5.ªs feiras às 15:30 hs.

5-Responder as questões preferencialmente no formulário do Google. Caso não seja possível, enviar as respostas das atividades realizadas e identificadas para o email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

6-Estarei atendendo os alunos em eventuais dúvidas nos dias e horários:

Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7-Eventuais dúvidas também podem ser enviadas para o email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br e no whats 14 98174-8501 e no chat do Classroom.

8-Boa semana de estudos para todos.

Formulário Google Forms:

1.º C: https://forms.gle/45VvCswjzFkgsDiV7

1.º D: https://forms.gle/YBES7i7s2Fay915KA

1.º E: https://forms.gle/8qMnkKEa2KRz8fSg9

 

 

1.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

A PALAVRA CULTURA E A IDEIA DE CULTURA

Os alunos já perceberam que uma característica do senso comum é a imprecisão terminológica, ou seja, a falta de uma preocupação em definir bem o que uma palavra quer dizer. Mas em ciência deve-se tomar muito cuidado ao usar um termo ou um conceito. E o termo “cultura” é muito difícil de ser definido. Muitas são as definições de cultura.

No 2.º Bimestre os alunos já compreenderam que parte essencial do desenvolvimento humano é o nosso processo de inserção nos grupos sociais, ou seja, a socialização. E que o homem, para existir, precisa estar em contato com outros homens. Logo, o homem é um ser social como o são diversos outros animais que também precisam viver em sociedade para sobreviver, como os elefantes, as girafas, os lobos e tantos outros.

Mas há algo que distingue o homem dos outros animais, e este algo é o fato de que, diferentemente dos animais, o homem é um ser cultural. Ou seja, assim como muitos outros animais, o homem também precisa viver em sociedade para sobreviver. Contudo, não é viver em grupo ou passar pelo processo de socialização que nos diferencia dos outros animais, e sim, o fato de que somos seres culturais, e eles, não.

Mas o que é um ser cultural?

Por que isso distingue o homem dos outros animais?

Para tanto deveremos analisar o significado de cultura e por que ela é o elemento que nos distingue dos outros animais.

É muito difícil aceitar que aquilo que nós aprendemos não é natural, uma vez que o internalizamos de tal forma que se torna quase uma segunda natureza para nós. Mas, para refletir sociologicamente, é necessário ter consciência de que “quase nada é natural no ser humano”. Já vimos que, para pensar sociologicamente, é preciso ter consciência do caráter social, histórico e cultural de nossas maneiras de agir, pensar e sentir.

Ou seja, o que todos os seres humanos têm em comum é a sua capacidade de se diferenciar uns dos outros. O que há de natural no homem é a sua aptidão para a variação cultural, a diversidade, a escolha de múltiplos caminhos.

Comecemos esta discussão pelos muitos significados que o termo cultura pode ter. O que o termo cultura pode significar para nós?

Vamos ver o que podemos entender do termo cultura:

Cultura é uma palavra que vem do latim, “cultura”, e que significava cuidado com o campo até o século XIII. Depois ela não significa mai s um estado da coisa cultivada, mas a ação de cultivar a terra. Já no século XVIII ela passa a designar o cuidado de trabalhar algo. Logo, cultura seria tudo aquilo que as pessoas cultivam (CUCHE, 2002, p.19). É por isso que se pode falar em uma cultura de fungos, ou cultivo de fungos.

O significado do termo pode variar de uma língua para outra.

a) Cultura pode significar um conhecimento diferenciado: no senso comum muitas vezes associamos o termo cultura a uma série de conhecimentos que diferenciam as pessoas. E por isso é comum dizer “fulano tem cultura, ele leu muitos livros” ou “aquela é uma pessoa que não tem cultura, pois não sabe nada”, “fulano é culto”. Nesse sentido cultura tem a ver com uma espécie de saber que algumas pessoas adquirem, e outras, não. Essa forma de entender a cultura está ligada à raiz da palavra cultura.

b) Cultura pode ser compreendida como o cultivo de algo: essa outra concepção do termo cultura se liga ainda mais à sua raiz. É usada em agricultura quando se quer falar a respeito de uma plantação. Para se ter uma plantação de algo é necessário fazer o cultivo de determinada espécie.

c) Cultura pode ser entendida como as manifestações artísticas de um povo, como quando se usa o termo cultura nas expressões: “teatro é cultura, cinema é cultura”.

d) Cultura também pode ser entendida como os hábitos e costumes de um povo: seria aquilo que as pessoas aprendem como membros de uma sociedade. Ou seja, as pessoas dizem, por exemplo, “os alemães comem salsicha, pois isso é uma característica de sua cultura”.

Apesar dos múltiplos significados do termo e das inúmeras variações, podemos dizer, genericamente, que cultura, tanto para a Antropologia como para a Sociologia, significa tudo aquilo que o homem vivencia, realiza e transmite por meio da linguagem. Ou seja, a cultura está relacionada com os conteúdos simbólicos da vida. Ou, como alguns diriam, com os mecanismos de controle dos indivíduos em sociedade, isto é, sistemas de símbolos entrelaçados e interligados entre si que fornecem para os indivíduos um modo de pensar, de agir e sentir.

Logo, o comportamento humano é regido por meio desses símbolos que são passados de geração para geração e que também se modificam. Não há ser humano cujo comportamento não seja regido por meio de símbolos.

Mas e os animais? Os animais não são também regidos por símbolos? Na natureza, o vermelho e o preto muitas vezes não são sinônimos de perigo? Os animais não transmitem mensagens para os outros animais? Não e sim. Comece pelo não. Os animais não são regidos por meio de símbolos, o que não quer dizer que não possam transmitir mensagens. Sim, eles podem transmitir mensagens. Mas essas mensagens são sempre as mesmas para a espécie, por isso são sinais. Já entre os homens, as mensagens variam de grupo para grupo, pois são compostas de símbolos socialmente estabelecidos que variam de sociedade para sociedade.

O comportamento dos animais é regido predominantemente por meio de sinais, enquanto o do homem é regido predominantemente por meio de símbolos. Isso ocorre porque os sinais são organicamente programados, geneticamente transmissíveis e intransformáveis (RODRIGUES, 2003, p. 25-26).

Comece explicando por que o sinal é organicamente programado. Isso ocorre porque faz parte da constituição biológica desses animais se comunicarem da forma como se comunicam. A maioria dos animais, mesmo quando tirados do seu meio, desenvolve as características da espécie, ou seja, age como um membro criado pelo grupo, mesmo que tenham sido separados ao nascer. Já os nossos símbolos são socialmente programados. Um homem separado de seus pais ao nascer não agirá como eles, mas, sim, como membro do grupo que o criou.

Daí decorre o fato de que o comportamento dos animais é geneticamente transmissível. Afinal, a maioria deles vai se comportar sempre da mesma forma, não interessa em qual grupo seja criado. Assim, todos os tigres sempre agirão e se comunicarão por meio dos mesmos sinais, o castor sempre construirá seus diques da mesma forma, assim como as abelhas sempre farão suas colmeias do mesmo jeito. Já o nosso comportamento é regido muito mais pela forma por meio da qual somos criados.

O papel da educação e do aprendizado é fundamental para que um ser humano possa se desenvolver plenamente. Mas o que cada um deve aprender, como deve se comportar como membro de um grupo, varia de cultura para cultura.

Por fim, é possível compreender a partir disso que os sinais entre os animais são intransformáveis, pois são passados geneticamente de geração para geração. Ao passo que, entre os seres humanos, os símbolos são eminentemente transformáveis, ou seja, variam de cultura para cultura, de grupo para grupo.

 

 

OBSERVAÇÕES:
1 – O texto trata das trocas culturais entre povos, nações e continentes.
2 – Leia atentamente o texto da aula e responda corretamente.
3 – Procure pelas palavras-chaves: norte-americano; cultura; povos; trocas culturais.
4 – Procure responder, se puder, no formulário do Google com a atividade.
5 – Estarei atendendo aos alunos no email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br e no whatsapp 14 981748501.
6 – Dias e horários: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05); e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).
7 – Sábado e domingo (repouso semanal do professor).
8 – Qualquer dúvida entre em contato que procurarei responder o mais rápido possível. Grato.

1.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
COMO O HOMEM SE TORNOU HOMEM?
“O cidadão norte-americano desperta num leito construído segundo padrão originário do Oriente Próximo, mas modificado na Europa Setentrional, antes de ser transmitido à América. Sai debaixo de cobertas feitas de algodão, cuja planta se tornou doméstica na Índia; ou de linho ou de lã de carneiro, um e outro domesticados no Oriente Próximo; ou de seda, cujo emprego foi descoberto na China. Todos esses materiais foram fiados e tecidos por processos inventados no Oriente Próximo. Ao levantar da cama faz uso dos ‘mocassins’ que foram inventados pelos índios das florestas do Leste dos Estados Unidos e entra no quarto de banho cujos aparelhos são uma mistura de invenções europeias e norte-americanas, umas e outras recentes. Tira o pijama, que é vestuário inventado na Índia, e lava-se com sabão que foi inventa do pelos antigos gauleses, faz a barba que é um rito masoquístico que parece provir dos sumerianos ou do antigo Egito.
Voltando ao quarto, o cidadão toma as roupas que estão sobre uma cadeira do tipo europeu meridional e veste-se. As peças de seu vestuário têm a forma das vestes de pele originais dos nômades das estepes asiáticas; seus sapatos são feitos de peles curtidas por um processo inventado no antigo Egito e cortadas segundo um padrão proveniente das civilizações clássicas do Mediterrâneo; a tira de pano de cores vivas que amarra ao pescoço é sobrevivência dos xales usados aos ombros pelos croatas do século XVII. Antes de ir tomar o seu breakfast, ele olha a rua através da vidraça feita de vidro inventado no Egito; e, se estiver chovendo, calça galochas de borracha descoberta pelos índios da América Central e toma um guarda-chuva inventado no sudoeste da Ásia. Seu chapéu é feito de feltro, material inventado nas estepes asiáticas.
De caminho para o breakfast, para para comprar um jornal, pagando-o com moedas, invenção da Líbia antiga. No restaurante, toda uma série de elementos tomados de empréstimo o espera. O prato é feito de uma espécie de cerâmica inventa da na China. A faca é de aço, liga feita pela primeira vez na Índia do Sul; o garfo é inventa do na Itália medieval; a colher vem de um original romano. Começa o seu breakfast, com uma laranja vinda do Mediterrâneo Oriental, melão da Pérsia, ou talvez uma fatia de melancia africana. Toma café, planta abissínia, com nata e açúcar. A domesticação do gado bovino e a ideia de aproveitar o seu leite são originárias do Oriente Próximo, ao passo que o açúcar foi feito pela primeira vez na Índia. Depois das frutas e do café vêm waffles, os quais são bolinhos fabricados segundo uma técnica escandinava, empregando como matéria-prima o trigo, que se tornou planta doméstica na Ásia Menor. Rega-se com xarope de maple inventado pelos índios das florestas do leste dos Estados Unidos. Como prato adicional talvez coma o ovo de alguma espécie de ave domestica da na Indochina ou delgadas fatias de carne de um animal domesticado na Ásia Oriental, salgada e defumada por um processo desenvolvido no norte da Europa.
Acabando de comer, nosso amigo se recosta para fumar, hábito implantado pelos índios americanos e que consome uma planta originária do Brasil; fuma cachimbo, que procede dos índios da Virgínia, ou cigarro, proveniente do México. Se for fumante valente, pode ser que fume mesmo um charuto, transmitido à América do Norte pelas Antilhas, por intermédio da Espanha. Enquanto fuma, lê notícias do dia, impressas em caracteres inventados pelos antigos semitas, em material inventado na China e por um processo inventado na Alemanha. Ao inteirar-se das narrativas dos problemas estrangeiros, se for bom cidadão conservador, agradecerá a uma divindade hebraica, numa língua indo-europeia, o fato de ser cem por cento americano”.
LINTO N, RalphO homem: uma introdução à antropologia. 12. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. p. 313-31 4.
Ou seja, se é verdade que o homem é fruto de uma cultura e que as culturas diferem entre si, também é fato que as culturas não são fechadas. Os seus gestos e hábitos são os de um norte-americano, mas como não há cultura que exista sem ter contato com outras, esses gestos, hábitos e costume s resultam de cruzamentos e contatos muitas vezes longínquos. Por isso é possível dizer que o ser humano é fruto de uma herança cultural, pois mesmo os gestos mais típicos de uma determinada cultura originam-se de ligações, cruzamentos e contatos dos quais muitas vezes não temos consciência por serem distantes no tempo.
As culturas estão constantemente se comunicando, estabelecendo trocas. Umas influenciam mais do que são influenciadas, mas não há nenhuma que exista fechada em si, por mais que ela tente. Este texto nos mostra que a ideia de cultura como algo fechado no tempo e no espaço e que não se modifica é, no mínimo, ingênua.
Apesar de podermos falar em uma cultura brasileira, francesa ou tailandesa, e de hábitos e costumes partilhados por um povo, deve-se ter em mente que isso é fruto de um longo processo histórico e que, portanto, se altera com o passar do tempo de acordo com as trocas culturais que são estabelecidas. Mas o que é cultura? Quais são as características de todas as culturas? Como elas nasceram? Até onde existe o instinto?
LEIA A ATIVIDADE COM ATENÇÃO E RESPONDA CORRETAMENTE
1) O cidadão norte-americano descrito no texto de Ralph Linton é um indivíduo original ou uma pessoa que culturalmente recebeu influências de povos e culturas de muitos continentes, povos e países?
2) As culturas ficam isoladas e fechadas ou estão em contato contínuo e se comunicando umas com as outras? Aponte.

APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, FAVOR ENVIAR PARA O EMAIL ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ou responder no formulário do Google.


ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 08/09  ATÉ  11/09


OBSERVAÇÕES
1-O texto trata das teorias que tentaram explicar o porque de sermos diferentes, e os problemas decorrentes.
2-Leia o texto com atenção e responda ao questionário corretamente.
3-Preste atenção nas palavras-chaves: determinismo geográfico; determinismo biológico; cultura; seletivamente; genética; diferenças; postura; equívocos.
4-Entreguem a atividade prioritariamente pelo Google Formulários. Quem não puder, envie pelo email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.
5-Estarei atendendo na plataforma, no chat e no whatsapp nos dias e horários: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Terça (ATPC); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05); Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).
6-Podem entrar em contato comigo através do email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br



1.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
POR QUE SOMOS DIFERENTES (PARTE 2)
Toda cultura age seletivamente em relação ao meio físico em que ela se desenvolve e, por isso, existem elementos culturais que, apesar de aceitos, não estão de acordo com o meio geográfico. Um exemplo notório é o uso do terno e gravata em um país quente como é o Brasil na maioria dos meses do ano. Essa roupa é adequada aos países de clima temperado, mas totalmente inadequada, na maior parte do ano, ao clima do nosso país.
Mesmo assim, os homens, seja por razões de trabalho, seja porque têm de comparecer a um determinado evento social, muitas vezes usam terno e gravata. Por que eles fazem isso? Não é porque essa roupa seja adequada ao nosso clima, mas, sim, porque ela tem um significado cultural. Trata-se do exemplo de uma vestimenta mais formal. Ela proporciona certo status social para quem a veste, pois não é uma roupa barata.
Se o meio físico influenciasse totalmente as culturas, como querem acreditar os adeptos do determinismo geográfico, os homens usariam roupas adequadas ao nosso clima. Isso também pode ser refletido na nossa alimentação.
Existem animais que habitam o Brasil e outros países, como a China, o Camboja, a Tailândia, o Vietnã e o México, por exemplo. Mas isso não significa que eles sejam considerados passíveis de servir como alimento aqui e lá. É o caso, por exemplo, do rato. No Brasil, é praticamente impensável para uma pessoa se alimentar da carne de ratos. Já na China, no Camboja, no Vietnã e na Tailândia eles são normalmente consumidos como alimento. Na Tailândia também é comum comer espetos de certas larvas na rua, assim como aqui se come churrasco. Há ainda o caso do México: lá é possível comer tacos (prato típico mexicano feito de farinha de milho, parecido com uma panqueca, com vários tipos de recheios e molhos) recheados com certo tipo de grilo comestível. Se o determinismo geográfico realmente existisse, nós nos alimentaríamos igualmente desses animais também existentes em nosso território.

Pode-se concluir que o meio físico age sobre a cultura, embora não a condicione totalmente, pois esta age de forma seletiva em relação aos elementos que aquele fornece.
Agora é o momento de abordar a outra postura a ser evitada, que é o determinismo biológico. Segundo essa postura, as pessoas seriam totalmente condicionadas por fatores biológicos, ou seja, a genética.
É importante destacar que essa é uma postura errada, pois diferenças genéticas não determinam diferenças culturais. Infelizmente, muito do preconceito existente está relacionado a esse raciocínio equivocado.
Para trabalhar tal questão com a classe, comece com a leitura do texto a seguir.
Outro grande equívoco é a postura do determinismo biológico, segundo a qual as diferenças genéticas determinam as diferenças culturais.
Essa é a velha história de que “o homem é o que é, pois isso estaria no sangue”, ou seja, todas as diferenças entre duas pessoas seriam estabelecidas por meio dos nossos genes. A partir desse tipo de raciocínio, cria-se uma série de estereótipos, tais como: os judeus e os árabes nascem para negociar; os alemães são bons de cálculo; os norte-americanos são todos empreendedores etc. E a justificativa é a de que isso estaria no seu sangue.
Mas isso é um grande engano, por várias razões.
A primeira razão é dada pelos avanços dos estudos genéticos que mostraram que os seres humanos são muito parecidos e muito diferentes entre si do ponto de vista genético. Em termos da porcentagem total de material genético, a variação genética entre dois seres humanos é inferior a 1%. Entretanto, se verificarmos em números, será possível observar que há milhões de diferenças no código genético entre dois indivíduos escolhidos ao acaso. Ou seja, apesar de sermos muito parecidos em termos relativos (uma diferença menor do que 1%), em termos absolutos, isto é, considerando o número de diferenças genéticas, somos muito diferentes (milhões de diferenças entre dois indivíduos). Em outras palavras, esses milhões de diferenças genéticas representam menos de 1% do total do código genético, não importando a origem geográfica ou étnica deles. No entanto, mais de 90% dessa variação ocorre entre indivíduos e menos de 10% ocorre entre grupos étnicos (“raças”) diferentes. Em outras palavras, há apenas uma raça de Homo sapiens: a raça humana!
Com base em tais informações é possível dizer que cada um de nós é um ser humano único e tão diferente de outro ser humano que procurar juntar as pessoas para formar grupos distintos (como, por exemplo, “raças humanas”) não faz sentido. Não existem diferenças suficientes entre os grupos humanos para permitir separar ou juntar os seres humanos em “raças”. As diferenças visualizadas entre populações de diferentes continentes são muito pequenas e superficiais, não se refletindo no genoma (constituição genética total de uma pessoa).
Mas, mesmo assim, há aquelas velhas questões: se isso é verdade, então por que tantos portugueses são padeiros? Por que tantos descendentes de árabes são comerciantes? Isso não está mesmo no seu sangue?
É claro que não. Acha isso quem ainda não viajou pelo mundo ou quem não leu sobre outros lugares do mundo. Afinal de contas, se isso fosse verdade, então Portugal seria um país de padeiros e em todos os lugares onde os portugueses fossem morar eles seriam padeiros. Isso acontece? Não.
Se aqui há muitos descendentes de portugueses que são padeiros, isso se deve ao fato de que esta foi uma profissão em que vários imigrantes se deram bem, e estes a ensinaram a outros imigrantes, mas não porque estaria no sangue deles ser padeiro.
O pão é um alimento de consumo em todas as regiões do mundo, mas isso não quer dizer que só os portugueses façam pão, ou que o façam melhor do que outros povos. Há padeiros chineses, malaios, indianos, botsuanos, alemães, franceses, gregos, espanhóis, russos, chilenos, bolivianos, argentinos, holandeses, japoneses, australianos, moçambicanos etc. E não só portugueses. Há padeiros em todas as sociedades, em todas as culturas. E, se há portugueses em todos esses lugares citados, isso não significa que eles sejam padeiros. Em outras regiões do mundo, eles podem ter se especializado em outras profissões. Logo, é equivoca do achar que profissões tenham uma determinação biológica e que exista o determinismo biológico.

LEIA O TEXTO COM ATENÇÃO E RESPONDA AO QUESTIONÁRIO
1) Nome e série?
2) Toda cultura age seletivamente em relação ao meio físico?
3) O que é determinismo biológico e porque é uma postura a ser evitada?
4) Retire do texto e explique um exemplo que mostre por que a postura do determinismo biológico é equivocada.
5) Descreva um exemplo diferente do apresentado no texto para mostrar o problema do determinismo biológico.
APÓS A LEITURA DA ATIVIDADE, RESPONDER AO QUESTIONÁRIO NO GOOGLE CLASSROOM OU NO GOOGLE FORMULÁRIOS. Ou enviar a atividade com a resolução pelo email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br




ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 30/08 ATÉ  04/09


OBSERVAÇÕES:
1 – O texto trata de uma das teorias que procuraram explicar a diferença entre os humanos, o Determinismo Geográfico. Verificaremos o porquê dessa teoria científica ter alcance limitado.
2 – Leia o texto com atenção e realize a atividade corretamente e com calma.
3 – Palavras-chave: Determinismo Geográfico; Clima, Meio Físico; Cultura; Antropologia; Postura.
4 – Após a leitura do texto, responda as perguntas no Google Formulários presentes no Class Room. Agradeço a todos os alunos que se dispuserem a respondê-lo.
5 – Identifique com nome e série para o professor poder fazer a correção corretamente.
6 – Estarei de plantão no whatsapp, plataforma do Class Room e no email pedagógico. Número de Whatsapp: 14 98174-8501. Email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.
7 – Horário de atendimento aos alunos: segunda (07:00 às 11: 05 e 19:00 às 23:00hs); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00hs); Quinta (07:00 às 11:05 hs); e Sexta (07:00 às 11:05  e 19:00 às 23 horas). Sábado e domingo (repouso semanal do professor).
8 – Atividades realizadas diretamente pelo blog podem ser enviadas para o email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.
9 – Uma boa semana de estudos para todos os alunos e equipe escolar.

1.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
POR QUE SOMOS DIFERENTES (PARTE 1)
Se quase nada é natural no ser humano, outra questão apresenta-se para nós: Por que somos diferentes?
O determinismo geográfico pode ser definido como a postura segundo a qual se acredita que as diferenças de ambiente físico condicionam totalmente a diversidade cultural. Ou seja, segundo essa postura, os homens são diferentes, pois habitam áreas geográficas diferentes: umas mais frias, outras mais quentes, umas mais próximas ao mar, outras altas etc. Para os adeptos dessa postura, o meio físico condiciona totalmente o comportamento do homem. Assim, acreditam, por exemplo, que pessoas que moram em regiões quentes são mai s preguiçosas, por conta do calor, entre outros preconceitos.
A Antropologia mostrou que existem limites para a influência do ambiente físico em uma determinada cultura. Ou seja, o meio físico pode influenciar o homem e seus costumes, mas não o condiciona totalmente.
Os hábitos, costumes e conteúdos simbólicos da vida de um povo podem sofrer influência do meio físico. Existem elementos em nossa cultura que são influencia dos pelo meio, como, por exemplo, a maior parte das nossas roupas. Elas são adaptadas ao nosso clima. Ou, ainda, o fato de nos alimentarmos de mandioca, que é uma raiz que constitui a base da alimentação em muitas regiões do Brasil. Em países de clima mais frio é comum que as casa s tenham sistema de aquecimento central, para que as pessoas não sofram com as baixas temperaturas, e que elas se alimentem de vegetais que se desenvolvem em temperatura mai s baixa do que aquela aqui encontrada.

Caros alunos, o determinismo geográfico é uma postura a ser evitada.
O meio físico, em parte, influencia uma cultura. Ou seja, existem elementos em nossa cultura que são influenciados pelo meio.
Mas o meio físico não condiciona totalmente uma cultura.
Há um limite para esse condicionamento. Em um mesmo meio geográfico podem se desenvolver culturas diferentes.
Veja os países escandinavos: Suécia, Noruega, Finlândia e Dinamarca. Suécia, Noruega e Finlândia são os países que compõem a Península Escandinava e a Dinamarca fica na Jutlândia. Eles têm o mesmo clima e um relevo muito parecido, assim como a flora e a fauna. Mesmo assim, possuem culturas diferentes e línguas diferentes: há o sueco, o dinamarquês, o finlandês e o norueguês.
Se fosse verdade que o meio físico condiciona totalmente o comportamento dos seres humanos, só haveria uma cultura na Península Escandinava, e não é o que acontece.
Por que isso ocorre?
Porque, ao contrário do que acreditam os adeptos do determinismo geográfico, o meio físico não influencia totalmente a cultura.
Na verdade, há limites para a influência do meio físico sobre a cultura. Esses limites são dados pelos interesses de cada cultura.
ATIVIDADE
LEIA O TEXTO COM ATENÇÃO E RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:
1) O que é o Determinismo Geográfico?
2) De acordo com o Determinismo Geográfico, por que os homens são diferentes?
3) Segundo o Determinismo Geográfico, o quê condiciona totalmente o comportamento do homem?
4) Que elementos de nossa cultura são influenciados pelo meio ou adaptadas pelo clima?
5) O meio físico condiciona totalmente a cultura? Sim ou não?

APÓS A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE, RESPONDA AO QUESTIONÁRIO NO GOOGLE FORMULÁRIOS QUE ESTÁ NO GOOGLE CLASSROOM OU ENVIE IMAGEM OU TEXTO LEGÍVEL PARA O EMAIL ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 17/08 ATÉ  21/08


OBSERVAÇÕES:
1 – Leia o texto com atenção.
2 – Procure saber quem foi Lévi-Strauss.
3 – Lembre da aula anterior sobre Etnocentrismo e Relativismo Cultural.
4 – Procure pelas palavras-chave: Etnocentrismo; Lévi-Strauss; Antropologia; Unesco; Raça e História; Relativismo Cultural; Cultura; Trens; Jogo de Xadrez; Posições das peças no Tabuleiro de Xadrez.
5 – Após a leitura, análise, reflexão, compreensão e investigação responda ao formulário do Google Formulários no Classroom. Cada questão valendo 2 pontos.
6 – Identifique-se e coloque o número e a turma que pertence.
7 – Caso opte por enviar imagens, faça-as corretamente e que seja possível o professor fazer a leitura.
8 – Tenho preferência em receber as atividades pelo Google formulários.
9 – Estarei de plantão no whatsapp 14 981748501, no Chat do Classroom no horário das 7:00 às 11:05 (2.º, 4.ª, 5.ª e 6.ª feira) e das 19:00 às 23 horas (2.ª, 4.ª e 6.ª feira). Estarei respondendo a dúvidas também no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

1.º ANO
AULA SOCIOLOGIA
ETNOCENTRISMO E RELATIVISMO CULTURAL (PARTE 2)
Um importante antropólogo chamado Claude Lévi-Strauss pode ajudá-lo nesta discussão sobre o etnocentrismo. Em um artigo que escreveu em 1952 para a Unesco, ele disse que a interpretação e a visão da diversidade se faz em função da própria cultura, e para essa discussão ele usa como metáfora explicativa o trem e o andar do cavalo no jogo de xadrez (LÉVI-STRAUSS, 1980). Ele comparou as culturas com os trens, para falar do etnocentrismo, e, ainda, o desenvolvimento das culturas com o andar do cavalo no jogo de xadrez. Como exercício sobre a questão do etnocentrismo, peço a vocês que leiam o texto a seguir e respondam as questões.
Claude Lévi-Strauss é um dos mais importantes antropólogos do século XX. Ainda jovem, em 1934, veio ao Brasil e ajudou a fundar a Universidade de São Paulo (USP). Ele fez pesquisas em Mato Grosso com os índios Bororo e Kadiwéu, entre outros. Quatro anos depois, foi embora do nosso país e desenvolveu, posteriormente, uma das mais importantes correntes da Antropologia: o estruturalismo. Em 1952, a pedido da Unesco, ele escreveu um artigo chamado Raça e história, em que criticava a ideia de raça e o etnocentrismo entre os povos, além de outros pontos.
Para falar sobre a ideia de que existiriam culturas que não se moveriam ou se transformariam e o etnocentrismo, ele deu o exemplo do viajante do trem: imaginem que cada cultura é um trem e nós somos os passageiros. Nós olhamos o mundo a partir do nosso trem.
Mas os trens caminham em direções opostas, em diferentes velocidades. Um viajante verá de modo diverso um trem que vai ao sentido contrário, um trem que ultrapassa o seu ou outro que caminha em uma outra direção.
Qual é o trem que nós podem os olhar melhor?
Aquele que caminha na mesma direção que o nosso e na mesma velocidade, ou seja, de forma paralela.
Mas, se cada trem é uma cultura, sabemos que as culturas não caminham todas na mesma direção e nem na mesma velocidade. Umas caminham mais rápido, outras caminham em direções quase opostas. As culturas possuem formas diferentes de observar o mundo. Cada uma tem o seu caminho, a sua direção e a sua velocidade. Se uma nos parece parada, isso ocorre porque não conseguimos compreender o sentido do seu desenvolvimento.
É aquela que caminha paralela à nossa que nos permite a melhor observação, e que nos fornece a autoidentificação. Mas quem é que pode dizer qual é a melhor direção? O caminho mais avançado?
Será que o que parece parado para nós está realmente parado? Como saber?
Na verdade, com isso ele quis dizer que é muito difícil para alguém de uma determina da cultura querer avaliar alguém de outra cultura. Pois, já que a minha cultura é como um trem, muitas vezes não consigo enxergar e compreender o que se passa nos outros trens (nas outras culturas). Isso ocorre porque as culturas não têm todas elas as mesmas preocupações e nem os mesmos objetivos.
É mais fácil entender a cultura que mais se parece com a nossa, ou seja, aquela que anda de forma paralela à nossa, partilhando os mesmos interesses e a mesma direção. Mas, como as culturas são diferentes, se muitas vezes não conseguimos compreender uma delas, não é porque ela esteja parada, ou errada, e sim, porque a direção que ela toma muitas vezes não faz sentido segundo a nossa lógica de raciocínio.
Lévi-Strauss diz, ainda, que as culturas se desenvolvem como anda o cavalo no jogo de xadrez.
No jogo de xadrez cada peça caminha de uma maneira: a torre em linha reta, o bispo na diagonal e o cavalo em L, ou seja, aos saltos. Logo, se as culturas andam em L ou aos saltos, elas não andam todas em linha reta, nem seguem todas a mesma direção. Cada uma segue um sentido e uma linha de raciocínio que lhe é própria. É equivocado considerar errada e pouco evoluída a cultura que segue uma direção diferente da nossa, como se todas devessem seguir a mesma direção, como se todas devessem andar da mesma forma. Cada cultura tem seus interesses próprios e, assim, um ritmo, velocidade e direção de desenvolvimento que são seus. Não andam, ou se desenvolvem, em linha reta.

O que é mais importante? Para um pigmeu1, mais importante do que saber quem descobriu o Brasil, ou quais são os tipos de clima do mundo, é saber quais plantas são comestíveis e quais são venenosas, quais podem ser usadas como remédio e quais não podem. Para um brasileiro que almeja se tornar advogado, mais importante é adquirir os conhecimentos necessários para entrar na faculdade. Conhecer quais são as plantas venenosas numa floresta pode não lhe ser de muita utilidade.
Logo, o que é importante saber varia de um ponto para outro.
1 Homem que pertence a uma etnia da África Central e que possui baixa estatura.

ATIVIDADE
1) Quem foi Levi-Strauss?
2) Qual é o nome do importante artigo de Levi-Strauss publicado em 1952 para a Unesco?
3) Qual é o nome da corrente teórica criada por Levi-Strauss dentro da Antropologia?
4) Com base na leitura de texto de Lévi-Strauss, responda o que ele quis dizer com:
a) as culturas são como trens;
b) as culturas se movem assim como anda o cavalo no jogo de xadrez.
APÓS A LEITURA, ANÁLISE, COMPREENSÃO, REFLEXÃO, INVESTIGAÇÃO, FAVOR RESPONDER AO QUESTIONÁRIO DO GOOGLE FORMULÁRIOS NO CLASSROOM.
QUEM TIVER DIFICULDADE, ME PROCURE NO WHATSAPP.

 ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 10/08 ATÉ  17/08

OBSERVAÇÕES:
1 – A aula trata de dois conceitos fundamentais na Sociologia – Etnocentrismo e Relativismo Cultural.
2 – Leia o texto com atenção.
3 – Ao final da leitura, análise e compreensão, responda ao questionário no Google Formulários que estará dentro do Classroom.
4 – Preencha o formulário corretamente e sem pressa.
5 – Vou considerar respostas com base na leitura do texto. Não copiem e colem dos sítios da internet, pois não refletem o trabalho do aluno em realizar a leitura.
6 – PALAVRAS-CHAVE: Etnocentrismo; Relativismo Cultural; Bárbaros; Montaigne; Antropologia; Distanciamento; Estranhamento; Cultura.
7 – Estarei em atendimento no whatsapp, email, plataforma do classroom aos alunos nos horários das 07:00 às 11:05 hs. no período da manhã; 19:00 às 23:00 hs. A exceção é terça-feira que estou em ATPC e quinta-feira em que não tenho aulas no noturno. Mas flexibilizo em urgências.
8 – Email para contato: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
9 – Whatsapp: 14 98174-8501.

1.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
ETNOCENTRISMO E RELATIVISMO CULTURAL (PARTE 1)
Para podermos aprofundar nossa discussão sobre o homem como ser cultural, devemos discutir a respeito de duas posturas: a do etnocentrismo e a do relativismo cultural. O primeiro refere-se a uma postura que temos e que deve ser evitada, e o segundo, a uma postura metodológica sugerida quando alguém quer olhar outro povo ou grupo diferente do seu.
Vamos analisar a seguinte frase: “[...] cada qual denomina de bárbaro o costume que não pratica na própria terra”.
Ela é de Montaigne, um filósofo do século XVI. Essa frase nos mostra que todos nós olhamos para o mundo com os olhos ou as lentes dados por nossa cultura. Por meio dela olhamos o mundo e avaliamos os outros. Isso se chama etnocentrismo.
Vamos ver o sentido do termo bárbaro. Ele pode ser usado de várias formas:
a) “Nossa, olha só que roupa legal! Ela não é bárbara?” ou b) “O que esse homem fez com os reféns foi um ato bárbaro e cruel!”.
Na primeira frase, a roupa é bárbara porque é legal, moderna, diferente etc. Essa primeira conotação do uso do termo tem um sentido positivo. Já a segunda frase mostra o uso do mesmo termo, mas com uma conotação negativa. Bárbaro ali é alguém que fez algo muito ruim para as outras pessoas, algo que quase não é considerado humano.
A palavra bárbaro é de origem greco-latina. Os romanos a usavam para designar todos os povos que não eram romanos. Todos os que não fossem romanos seriam bárbaros. Com o tempo essa palavra adquiriu a conotação de alguém que age de forma errada, imprópria, quase não humana.
Verifiquemos o sentido etimológico da palavra etnocentrismo:
etno = é uma palavra grega que significa povo.
centr = vem de centro.
ismo = sufixo que designa prática de algo.
Etnocentrismo é a postura segundo a qual você aval ia os outros povos a parti r de sua própria cultura.
Nesse sentido, todos nós somos etnocêntricos. Uns mais e outros menos. O problema do etnocentrismo é que ele não nos permite compreender como os outros pensam, já que de antemão eu julgo os outros conforme os meus padrões, de acordo com os valores e ideias partilhados pela minha cultura. E isso é um problema quando se quer compreender o outro, quando se quer pensar sociologicamente.
Logo, o etnocentrismo é uma postura que devemos evitar.
Mas como evitar os próprios valores? Como evitar nossa maneira de agir, pensar e sentir?
Na Antropologia há um recurso metodológico para isso e ele tem a ver com uma atitude mental que os pesquisadores adotam diante do que é diferente.
O antropólogo deve tornar exótico o que é familiar e tornar familiar o que é exótico.
Ou seja, é preciso assumir uma postura de distanciamento ou afastamento diante de seu modo de pensar, agir e sentir. Ela está ligada ao estranhamento que os alunos aprenderam. É tentar se colocar no lugar do outro e compreender como ele pensa. Isso é o relativismo cultural.
Essa atitude não é fácil, pois são poucas as pessoas dispostas a questionar ou ao menos deixar de lado sua maneira de agir, pensar e sentir.
Aceitar o outro na sua diferença leva muitas vezes a refletir sobre a própria existência, e as pessoas nem sempre estão preparadas ou simplesmente não querem rever ou repensar seu ponto de vista. Gostamos de achar que esse ponto de vista é o único possível, pois assim esquecemos que é somente uma possibilidade, uma entre outras. Com isso fugimos da responsabilidade de pensar sobre as escolhas que fazemos dizendo que: “não temos escolha”, que “o mundo deve ser assim”, “sempre foi assim”, “não há o que mudar” e que o “diferente está sempre errado”, “é sempre inferior”.
Ter essa atitude não significa deixar de ser quem você é, e sim, aceitar o outro na sua diferença, colocar-se no lugar do outro. A essa postura damos o nome de relativismo cultural.
O relativismo cultural é a postura segundo a qual você procura relativizar sua maneira de agir, pensar e sentir e assim se colocar no lugar do outro. “Relativizar” significa que você estabelece uma espécie de afastamento, distanciamento ou estranhamento diante de seus valores, para conseguir compreender a lógica dos valores do outro.
ATIVIDADE
COM BASE NA LEITURA DO TEXTO, RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:
1) Quem foi o importante filósofo francês que viveu no século XVI que trabalhou com a definição de bárbaro?
2) Qual é a origem da palavra bárbaro e o que ela significa?
3) De acordo com o texto, qual é a definição de etnocentrismo?
4) De acordo com o texto, qual é a definição de Relativismo Cultural?
5) O que significa relativizar?

APÓS A CONCLUSÃO DA LEITURA, FAVOR RESPONDER AO QUESTIONÁRIO NO GOOGLE FORMULÁRIOS DO GOOGLE CLASSROOM OU NO EMAIL ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br. (FOTO LEGÍVEL, COM NOME E SÉRIE DX ALUNX).



 ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 03/08 ATÉ  07/08
ORIENTAÇÕES:
1-Nessa aula os jovens deverão tomar consciência de que quase nada é natural no ser humano e que nossas maneiras de agir, pensar e sentir são culturalmente estabelecidas. Para isso serão conduzidos à compreensão de que será preciso adotar a postura do relativismo para conseguir compreender o outro e evitar o etnocentrismo.
2-Verifique o que é natural e o que cultural entre os seres humanos.
3-Leia atentamente a atividade.
4-Analisa as imagens e os trechos selecionados.
5-Estabeleça comparações entre as imagens.
6-Após a leitura e análise da atividade, realize os exercícios.
7-Para os que puderem, peço, por gentileza, que procure realizar e responder a atividade no classroom, pois fica mais fácil e é melhor do que tirar fotos, digitalizar e enviar pelo email.
8-Estarei atendendo os alunos para eventuais dúvidas na plataforma do classroom (chat), via email – ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br e no whatsapp 981748501 nos horários das 07:00 às 11:05 e das 19:00 às 23 horas. A exceção é terça, pois estarei em ATPC. Grato.

1.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
O CARÁTER CULTURALMENTE CONSTRUÍDO DA HUMANIDADE (PARTE1)
OBSERVE AS IMAGENS:

O que vocês acham que nos distingue dos outros animais?
O que nos distingue dos outros animais é o fato de que temos cultura e os animais, não. Ou seja, muitos deles se organizam em grupos para viver, mas isso não os diferencia de nós, seres humanos.
O que é natural no ser humano?
O que nos une como seres humanos? e O que nos diferencia?
Precisaremos refletir sobre o que é natural para o ser humano, qual é a relação que temos com nossos instintos e o que é que nos separa dos outros animais.
O que é natural no ser humano: a sua capacidade para a diferenciação.

O que todos nós temos em comum é a capacidade de nos diferenciarmos uns dos outros e de vivermos essa experiência, que é a de ser humano da forma mais varia da possível, por meio da imersão nas mais diferentes culturas. Logo, o que nos liga são as nossas diferenças, e elas são dadas pela cultura.

OS HOMENS E A NATUREZA
Precisamos compreender que o que consideram os como natural em nós é, de fato, cultural, o que parece ser óbvio não o é.


Grupos humanos diferentes, portanto, têm culturas diferentes; isso significa dizer que quase nada no homem é natural. Os jovens precisam compreender que, se um comportamento é considerado natural para uma sociedade e não para outra, isso significa que ele não é natural e, sim, cultural.
É importante dizer que:

Mas será que existe uma natureza humana que seria a mesma para todos? Para os antropólogos está claro que não há uma natureza humana única e imutável. É fato que a cultura nos molda como uma espécie única, e ela também nos modela como indivíduos separados. Ou seja, não há ser humano que possa existir sem estar imerso em uma determina da cultura. Somos todos seres culturais. Pode-se dizer que não há uma natureza humana igual para todos os seres humanos, para além da constatação de que todos temos a capacidade de ser diferentes entre nós.
Veja o que diz a legenda das imagens a seguir:




Como para os jovens pode ser difícil aceitar que nossas maneiras de agir, pensar e sentir não são naturais. O simbolismo das cores também não é natural. Isto é, tal simbolismo é fruto do senso comum e de crenças de cada cultura e por isso mesmo pode variar de uma cultura para a outra. Ou seja, é costume associar as cores a diferentes emoções, estados de espírito ou acontecimentos, como se   isso fosse perfeitamente natural a todos os seres humanos, o que não é verdade.
O que cada uma das cores a seguir pode usualmente simbolizar no Brasil? Responda no questionário.


No caso do branco e do preto esse simbolismo pode mudar muito, dependendo da cultura de um povo.


ATIVIDADE
LEIA ATENTAMENTE AS QUESTÕES E RESPONDA:
1) O que é natural no ser humano?
2) O que une e o que diferencia os seres humanos?
3) Porque toda cultura é uma construção histórica e social?
4) Qual seria o significado das cinco cores acima na atividade?
5) As cores são naturais a todos os seres humanos? Ou o significado delas é cultural?

APÓS A REALIZAÇÃO DA LEITURA, RESPONDA NO GOOGLE FORMULÁRIOS NO CLASSROOM OU ENVIE O ARQUIVO CONCLUÍDO PELO EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 27/07 ATÉ  31/07
AULA DE SOCIOLOGIA

1 – LEIA ATENTAMENTE O TEXTO E OBSERVE O QUESTIONAMENTO QUE ESTÁ NO TÍTULO.
2 – PROCURE PELAS PALAVRAS-CHAVE.
3 – VERIFIQUE AS RAZÕES QUE EXPLICAM O QUESTIONAMENTO.
4 – FAÇA COMPARAÇÕES.
5 – LEIA E RESPONDA AS PERGUNTAS DA ATIVIDADE COM CALMA E ATENÇÃO. SE POSSÍVEL, FAÇA UMA REFLEXÃO PESSOAL.
6 – ENTREGEM AS ATIVIDADES ATÉ QUINTA-FEIRA DIA 30/07/2020.
7 – REFAÇAM E REAVALIEM AS ATIVIDADES EM QUE AINDA TEM DÚVIDAS.

JUDEUS E JAPONESES SÃO MAIS INTELIGENTES?
GILBERTO DIMENSTEIN
Com base em dados do IBGE, o professor de Economia do Trabalho da Universidade Federal do Rio de Janeiro Marcelo Paixão constatou que os judeus brasileiros têm um nível de renda, escolaridade e expectativa de vida superior ao dos noruegueses, os campeões mundiais de desenvolvimento humano.
Criado pela ONU para medir a evolução social dos países, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é composto de três critérios: expectativa de vida, renda e escolaridade. Nenhuma nação bate a Noruega.
A vantagem dos judeus brasileiros ocorre especialmente por causa do quesito escolaridade: acima dos 25 anos de idade, 63% deles estão cursando ou já concluíram o ensino superior. "Admito que os dados me surpreenderam", conta Marcelo Paixão, economista com mestrado em engenharia de produção, que se prepara para apresentar, no próximo mês, tese de doutorado em sociologia sobre desigualdade e questões étnicas no Brasil. Pedi ao professor Marcelo Paixão para calcular o IDH dos judeus depois de ler reportagem de Antônio Góis, publicada na Folha, na semana passada, com dados sobre orientais que vivem no Brasil - esse é um detalhe da tese de doutorado do professor. O IDH deles, em sua maioria descendentes de japoneses, coreanos e chineses, é similar ao do Japão, pouco abaixo da Noruega.
Judeus, japoneses, coreanos, chineses, como a imensa maioria dos imigrantes, chegaram ao país sem dinheiro, fugindo da miséria e da perseguição, sem falar a língua portuguesa e sem entender os costumes locais. Por que progrediram tanto?
Não há nenhum segredo na prosperidade desses imigrantes. Muitos menos qualquer base para se especular sobre uma suposta superioridade étnica ou racial. Além de tirar proveito de um país em crescimento, beneficiaram-se da mistura de supervalorização da educação com o envolvimento da família e da comunidade no aprendizado de suas crianças e adolescentes. Compartilhar responsabilidades com a escola é uma medida de capital social, ou seja, da rede de relação de confiança entre os indivíduos para enfrentar desafios.
No caso dos orientais, existe uma tradição cultural baseada no filósofo Confúcio (551-479 a.C), que determinava a reverência à educação e o culto à meritocracia. O confucionismo pregava também a disciplina - o que dá para entender o rigor que perdura nas escolas do Japão e da Coréia do Sul, por exemplo. Um sinal explícito dessa reverência é o respeito ao professor. A começar do professor primário, cultuado porque, afinal, é o responsável pela alfabetização.
A relação dos judeus com o aprendizado está sintetizada no ritual iniciatório (bar-mitzvá) de passagem da vida infantil para a adulta, realizado quando o jovem tem 13 anos. Nesse ritual não se pede um gesto de coragem ou de bravura, mas apenas a leitura de um livro (Torá). Ou seja, sem o domínio da língua não existe saída da infância. Essa obrigação ajudou que a taxa de analfabetismo entre os judeus fosse irrisória. A reverência à escrita e à leitura fez com que os judeus montassem a primeira rede pública de que se tem notícia na humanidade.
Não existe superioridade racial ou étnica. O que existe é a combinação da valorização do saber com capital social: dá resultados, em maior ou menor grau, em todos os lugares, independentemente do credo, raça e nacionalidade. Se, obviamente, os países oferecem escolas melhores, os resultados dessa ligação serão melhores. Mas, para as escolas públicas serem melhores, é necessário que a sociedade ou, pelo menos, sua elite, acredite no valor supremo da educação.
O IDH de nossos judeus e orientais ensina que o futuro do Brasil está menos nas mãos dos economistas do que dos educadores. Educadores não são apenas professores, mas todos aqueles capazes de fazer a química do aprendizado, colocando juntas família, escola e comunidade como se fossem um ambiente articulado e inseparável.
Isso significa, entre outras coisas, campanhas conscientizando os pais para se envolverem no aprendizado dos filhos, a abertura de espaços complementares à escola (os meios de comunicação incluídos) para manter nossos alunos estudando mais tempo e a formação de professores que saibam não só dar aulas, mas entendam de educação comunitária. Exige-se uma nova função no magistério: cada escola deve ter pelo menos um profissional treinado para saber envolver as famílias e a comunidade.
Imaginar que a salvação da educação pública está apenas na sala de aula é somente mais uma, entre tantas, manifestações de ignorância de uma nação, cujo IDH está, não por acaso, em 62º lugar - abaixo de nações mais pobres do que o Brasil.
PS- Um ótimo contra-exemplo de falta de atenção comunitária. Foram instalados 250 estúdios de rádio em escolas municipais de São Paulo, para ajudar os alunos a desenvolver habilidades de expressão. O que, em tese, é uma ótima idéia. A Universidade de São Paulo treinou 10 mil professores. Gastaram-se R$ 6 milhões. Mas ninguém sabe (quando falo ninguém não é exagero) quantas escolas estão usando os equipamentos nem como estão sendo usados. Há informações de que muitos estão lacrados; outros estão fora das caixas. Mas os professores não sabem como utilizá-los. Fala-se também que muitas peças sumiram ou foram roubadas. Para piorar, ninguém sabe, por enquanto, o que fazer para salvar todo esse investimento.
ATIVIDADE
LEIA ATENTAMENTE A QUESTÃO E RESPONDA COM CALMA CADA UMA DELAS
1) Qual é a peculiaridade à respeito dos índices sócio-econômicos dos judeus.
2) O Índice de Desenvolvimento Humano é composto de quais critérios?
3) Quais as razões do progresso de imigrantes como os judeus, coreanos, japoneses e chineses entre outros?
4) O futuro do Brasil está em uma química que é mencionada no texto. Aponte-a.
5) Qual é a relação dos judeus com o aprendizado?
APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, FAVOR ENVIAR NO EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ; whatsapp: (14) 981748501; e através do Classroom.



 ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 20/07 ATÉ  24/07
1 – LEIA ATENTAMENTE O TEXTO E OBSERVE O QUESTIONAMENTO QUE ESTÁ NO TÍTULO.
2 – PROCURE PELAS PALAVRAS-CHAVE.
3 – VERIFIQUE AS RAZÕES QUE EXPLICAM O QUESTIONAMENTO.
4 – FAÇA COMPARAÇÕES.
5 – LEIA E RESPONDA AS PERGUNTAS DA ATIVIDADE COM CALMA E ATENÇÃO. SE POSSÍVEL, FAÇA UMA REFLEXÃO PESSOAL.

JUDEUS E JAPONESES SÃO MAIS INTELIGENTES?
GILBERTO DIMENSTEIN
Com base em dados do IBGE, o professor de Economia do Trabalho da Universidade Federal do Rio de Janeiro Marcelo Paixão constatou que os judeus brasileiros têm um nível de renda, escolaridade e expectativa de vida superior ao dos noruegueses, os campeões mundiais de desenvolvimento humano.
Criado pela ONU para medir a evolução social dos países, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é composto de três critérios: expectativa de vida, renda e escolaridade. Nenhuma nação bate a Noruega.
A vantagem dos judeus brasileiros ocorre especialmente por causa do quesito escolaridade: acima dos 25 anos de idade, 63% deles estão cursando ou já concluíram o ensino superior. "Admito que os dados me surpreenderam", conta Marcelo Paixão, economista com mestrado em engenharia de produção, que se prepara para apresentar, no próximo mês, tese de doutorado em sociologia sobre desigualdade e questões étnicas no Brasil. Pedi ao professor Marcelo Paixão para calcular o IDH dos judeus depois de ler reportagem de Antônio Góis, publicada na Folha, na semana passada, com dados sobre orientais que vivem no Brasil - esse é um detalhe da tese de doutorado do professor. O IDH deles, em sua maioria descendentes de japoneses, coreanos e chineses, é similar ao do Japão, pouco abaixo da Noruega.
Judeus, japoneses, coreanos, chineses, como a imensa maioria dos imigrantes, chegaram ao país sem dinheiro, fugindo da miséria e da perseguição, sem falar a língua portuguesa e sem entender os costumes locais. Por que progrediram tanto?
Não há nenhum segredo na prosperidade desses imigrantes. Muitos menos qualquer base para se especular sobre uma suposta superioridade étnica ou racial. Além de tirar proveito de um país em crescimento, beneficiaram-se da mistura de supervalorização da educação com o envolvimento da família e da comunidade no aprendizado de suas crianças e adolescentes. Compartilhar responsabilidades com a escola é uma medida de capital social, ou seja, da rede de relação de confiança entre os indivíduos para enfrentar desafios.
No caso dos orientais, existe uma tradição cultural baseada no filósofo Confúcio (551-479 a.C), que determinava a reverência à educação e o culto à meritocracia. O confucionismo pregava também a disciplina - o que dá para entender o rigor que perdura nas escolas do Japão e da Coréia do Sul, por exemplo. Um sinal explícito dessa reverência é o respeito ao professor. A começar do professor primário, cultuado porque, afinal, é o responsável pela alfabetização.
A relação dos judeus com o aprendizado está sintetizada no ritual iniciatório (bar-mitzvá) de passagem da vida infantil para a adulta, realizado quando o jovem tem 13 anos. Nesse ritual não se pede um gesto de coragem ou de bravura, mas apenas a leitura de um livro (Torá). Ou seja, sem o domínio da língua não existe saída da infância. Essa obrigação ajudou que a taxa de analfabetismo entre os judeus fosse irrisória. A reverência à escrita e à leitura fez com que os judeus montassem a primeira rede pública de que se tem notícia na humanidade.
Não existe superioridade racial ou étnica. O que existe é a combinação da valorização do saber com capital social: dá resultados, em maior ou menor grau, em todos os lugares, independentemente do credo, raça e nacionalidade. Se, obviamente, os países oferecem escolas melhores, os resultados dessa ligação serão melhores. Mas, para as escolas públicas serem melhores, é necessário que a sociedade ou, pelo menos, sua elite, acredite no valor supremo da educação.
O IDH de nossos judeus e orientais ensina que o futuro do Brasil está menos nas mãos dos economistas do que dos educadores. Educadores não são apenas professores, mas todos aqueles capazes de fazer a química do aprendizado, colocando juntas família, escola e comunidade como se fossem um ambiente articulado e inseparável.
Isso significa, entre outras coisas, campanhas conscientizando os pais para se envolverem no aprendizado dos filhos, a abertura de espaços complementares à escola (os meios de comunicação incluídos) para manter nossos alunos estudando mais tempo e a formação de professores que saibam não só dar aulas, mas entendam de educação comunitária. Exige-se uma nova função no magistério: cada escola deve ter pelo menos um profissional treinado para saber envolver as famílias e a comunidade.
Imaginar que a salvação da educação pública está apenas na sala de aula é somente mais uma, entre tantas, manifestações de ignorância de uma nação, cujo IDH está, não por acaso, em 62º lugar - abaixo de nações mais pobres do que o Brasil.
PS- Um ótimo contra-exemplo de falta de atenção comunitária. Foram instalados 250 estúdios de rádio em escolas municipais de São Paulo, para ajudar os alunos a desenvolver habilidades de expressão. O que, em tese, é uma ótima idéia. A Universidade de São Paulo treinou 10 mil professores. Gastaram-se R$ 6 milhões. Mas ninguém sabe (quando falo ninguém não é exagero) quantas escolas estão usando os equipamentos nem como estão sendo usados. Há informações de que muitos estão lacrados; outros estão fora das caixas. Mas os professores não sabem como utilizá-los. Fala-se também que muitas peças sumiram ou foram roubadas. Para piorar, ninguém sabe, por enquanto, o que fazer para salvar todo esse investimento.
ATIVIDADE
LEIA ATENTAMENTE A QUESTÃO E RESPONDA COM CALMA CADA UMA DELAS
1) Qual é a peculiaridade à respeito dos índices sócio-econômicos dos judeus.
2) O Índice de Desenvolvimento Humano é composto de quais critérios?
3) Quais as razões do progresso de imigrantes como os judeus, coreanos, japoneses e chineses entre outros?
4) O futuro do Brasil está em uma química que é mencionada no texto. Aponte-a.
5) Qual é a relação dos judeus com o aprendizado?
APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, FAVOR ENVIAR NO EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ; whatsapp: (14) 981748501; e através do Classroom.
ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 13/07 ATÉ 17/07
1.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
O SEXO FRÁGIL
DRAUZIO VARELLA

Aos dois anos, as meninas já constroem sentenças com sujeito, verbo e predicado

FICO ADMIRADO com a onipotência masculina. Quando pequenos nos ensinaram que homem não chora, que Deus nos criou corajosos com a finalidade de protegermos as mulheres, coitadas, seres frágeis prestes a esvair-se em lágrimas à menor comoção. Como sobreviveriam elas não fosse a nossa existência?
Por acreditar cegamente nesses ensinamentos, assumimos o papel de legítimos representantes do sexo forte, mesmo que as evidências nos desmintam desde a mais tenra infância.
Não é exagero, leitor. As meninas começam a falar muito antes. Aos dois anos já constroem sentenças com sujeito, verbo e predicado, enquanto nessa idade mal conseguimos balbuciar meia dúzia de palavras que só a mamãe compreende.
Você dirá que somos mais ágeis e mais orientados espacialmente. E daí? Qual a vantagem de virar cambalhota e plantar bananeira?
O desenvolvimento intelectual delas é tão mais precoce que alguns neuropediatras consideram injusto colocar meninos e meninas de sete anos na mesma sala de aula: deveríamos ficar um ano para trás.
Na puberdade, elas viram mocinhas de formas e gestos graciosos. Nós nos transformamos em quimeras desengonçadas, metade criança, metade homem com penugem no bigode, espinhas em vez de barba, voz em falsete e loucura por futebol.
Não é a toa que as adolescentes suspiram pelos rapazes mais velhos e nem se dignam a olhar para nossa cara quando nos derretemos diante delas. No casamento, somos feitos de gato e sapato. Podemos estar cobertos de razão, gritar, espernear e esbravejar -no fim a vontade delas prevalecerá. É guerra perdida. São donas de uma arma irresistível: a tenacidade para repetir cem vezes a mesma ladainha. Com o passar dos anos, aprendemos a fazer logo o que elas querem; sai mais em conta. Nós nos cansamos e desistimos de reivindicar um direito, elas jamais.
Faça um teste. Combine com um amigo um jantar com as mulheres sem falar com elas. A chance de dar certo é zero. Agora inverta, as duas mulheres marcam uma noite para o tal jantar sem avisá-los. Você chega em casa louco para vestir o bermudão e ver seu time na TV. Qual a probabilidade de a televisão passar a noite desligada?
Você dirá que pelo menos somos mais saudáveis, enquanto elas vivem cheias de achaques. De fato, nas mulheres a cabeça dói, o útero incomoda e o intestino não funciona, mas as desvantagens acabam aí.
Durante o desenvolvimento embrionário, para construirmos ossos mais robustos e músculos mais potentes, desviamos parte da energia que seria utilizada para fortalecer o sistema imunológico. Por essa razão, em todas as sociedades o homem está mais sujeito a processos infecciosos graves.
No Brasil, arcamos com mais de 60% da mortalidade geral. A cada três pessoas que perdem a vida, duas são do sexo masculino.
Os ataques cardíacos vêm em primeiro lugar. Começamos a correr risco a partir dos 45 anos; as mulheres, só ao atingir a menopausa. Depois vêm os derrames cerebrais, seguidos pelos homicídios. Essa distribuição se repete em todas as regiões do país. Fumamos e bebemos muito mais. Perto de 90% dos óbitos por acidentes de trânsito, quedas e afogamentos causados pelo abuso de álcool ocorrem entre nós.
Somos mais sedentários e desleixados com a saúde. Tratamos o corpo a pontapé e fugimos dos exames preventivos como o diabo da cruz. Ir ao médico? Só quando chegarmos às últimas ou se for para ficarmos livres da insistência das mulheres que nos cercam.
Em condições sociais comparáveis, mulheres vivem mais do que homens em todos os países do mundo. No Brasil, nossas vidas duram, em média, 7,6 anos menos. A longevidade feminina é visível: compare o número de viúvas com o de viúvos que você conhece.
Ao perder a companheira, o homem de idade fica desamparado. Se não casar imediatamente e não tiver filhas ou irmãs por perto, estará perdido, é incapaz de pregar um botão ou de fritar um ovo. Na situação contrária, a mulher poderá sofrer, sentir falta, mas cuidará da rotina doméstica sem dificuldade.
Morreremos mais cedo e deixaremos nossas economias. Livres da repressão machista e do trabalho que lhes dávamos, elas terão 7,6 anos para fazer excursões turísticas e lotar vans para ir a shoppings e teatros, animadas e conversadeiras. Para muitas, não será fácil esconder o ar de felicidade plena.
ATIVIDADE
1) De acordo com o autor, quais são as principais peculiaridades das meninas na infância?
2) Segundo o autor, quais as principais características dos meninos ao atingir a puberdade ou adolescência?
3) Qual o índice de mortalidade masculina em relação ao geral em média no Brasil?
4) Qual é a diferença existente entre homens e mulheres ao chegar à maturidade e velhice, de acordo com o autor?
AO CONCLUIR A ATIVIDADE, FAVOR ENVIÁ-LA PARA O EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 06/07 ATÉ 10/07

1.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
IDENTIDADE CULTURAL
A identidade cultural ainda é bastante discutida dentro dos círculos teóricos das Ciências Sociais em face de sua complexidade. Entre as possíveis formas de entendimento da ideia de identidade cultural, existem duas concepções distintas que devemos destacar dentro dos estudos sociológicos mais recentes. Essas concepções de identidade são brevemente explicadas por Anthony Giddens, sociólogo britânico, e nos ajudarão a entender melhor esse conceito.
Conceito de Cultura
Antes de falarmos sobre os diferentes conceitos de identidade cultural, devemos esclarecer primeiro a ideia geral de cultura e de identidade. A noção de cultura faz alusão às características socialmente herdadas e aprendidas que os indivíduos adquirem a partir de seu convívio social. Entre essas características, estão a língua, a culinária, o jeito de se vestir, as crenças religiosas, normas e valores. Esses traços culturais possuem influência direta sobre a construção de nossas identidades, uma vez que elas constituem grande parte do conjunto de atributos que formam o contexto comum entre os indivíduos de uma mesma sociedade e são parte fundamental da comunicação e da cooperação entre os sujeitos.
Conceito de identidade
O conceito de identidade refere-se a uma parte mais individual do sujeito social, mas que ainda assim é totalmente dependente do âmbito comum e da convivência social. De forma geral, entende-se por identidade aquilo que se relaciona com o conjunto de entendimentos que uma pessoa possui sobre si mesma e sobre tudo aquilo que lhe é significativo. Esse entendimento é construído a partir de determinadas fontes de significado que são construídas socialmente, como o gênero, nacionalidade ou classe social, e que passam a ser usadas pelos indivíduos como plataforma de construção de sua identidade.
Dentro desse conceito de identidade, há duas distinções importantes que devemos entender antes de prosseguirmos. A teoria sociológica distingue duas apreensões: a identidade social e a autoidentidade. A identidade social refere-se às características atribuídas a um indivíduo pelos outros, o que serve como uma espécie de categorização realizada pelos demais indivíduos para identificar o que uma pessoa em particular é. Portanto, o título profissional de médico, por exemplo, quando atribuído a um sujeito, possui uma série de qualidades predefinidas no contexto social que são atribuídas aos indivíduos que exercem essa profissão. A partir disso, o sujeito posiciona-se e é posicionado em seu âmbito social em relação a outros indivíduos que partilham dos mesmos atributos.
Conceito de Autoidentidade
O conceito de autoidentidade (ou a identidade pessoal) refere-se à formulação de um sentido único que atribuímos a nós mesmos e à nossa relação individual que desenvolvemos com o restante do mundo. A escola teórica do “interacionismo simbólico” é o principal ponto de apoio para essa ideia, já que parte da noção de que é diante da interação entre o indivíduo e o mundo exterior que surge a formação de um sentido de “si mesmo”. Esse diálogo entre mundo interior do indivíduo e mundo exterior da sociedade molda a identidade do sujeito que se forma a partir de suas escolhas no decorrer de sua vida.
Identidade cultural
Por fim, podemos estabelecer, diante do que já foi esclarecido, que o conceito de identidade cultural faz alusão à construção identitária de cada indivíduo em seu contexto cultural. Em outras palavras, a identidade cultural está relacionada com a forma como vemos o mundo exterior e como nos posicionamos em relação a ele. Esse processo é continuo e perpétuo, o que significa que a identidade de um sujeito está sempre sujeita a mudanças. Nesse sentido, a identidade cultural preenche os espaços de mediação entre o mundo “interior” e o mundo “exterior”, entre o mundo pessoal e o mundo público. Nesse processo, ao mesmo tempo que projetamos nossas particularidades sobre o mundo exterior (ações individuais de vontade ou desejo particular), também internalizamos o mundo exterior (normas, valores, língua...). É nessa relação que construímos nossas identidades.

ATIVIDADE
APÓS A LEITURA DO TEXTO, RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:
1) A noção de cultura faz alusão à quais características?
2) A que se refere o conceito de identidade?
3) Quais são as duas apreensões feitas pela teoria sociológica à respeito do conceito de identidade?
4)  O que é o conceito de autoidentidade?
5) O conceito de identidade cultural está relacionado a que aspecto?


APÓS A CONCLUSÃO DAS ATIVIDADES, FAVOR ENVIAR PARA O EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ou para o whats: 14 981748501.

ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 29/06 ATÉ 03/07
1.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
RELAÇÕES E INTERAÇÕES SOCIAIS
Em Ciências Sociais, relação social diz respeito ao relacionamento entre indivíduos no interior de um grupo social. As relações sociais formam a base da estrutura social. Nesse sentido, as relações sociais são o objeto básico da análise das Ciências Sociais. Investigações fundamentais sobre a natureza das relações sociais são encontradas nos trabalhos da sociologia clássica, tais como a teoria da ação social de Max Weber. Segundo Weber,
a relação social diz respeito à conduta de múltiplos agentes que se orientam reciprocamente em conformidade com um conteúdo específico do próprio sentido das suas ações. Na ação social, a conduta do agente está orientada significativamente pela conduta de outros sujeitos, ao passo que na relação social a conduta de cada qual entre múltiplos agentes envolvidos (que tanto podem ser apenas dois e em presença direta quanto um grande número e sem contato direto entre si no momento da ação) orienta-se por um conteúdo de sentido reciprocamente compartilhado.
Assim, em Weber, relação social seria uma conduta de vários indivíduos, reciprocamente orientada e dotada de sentido partilhado pelos diversos agentes de determinada sociedade.
As ações sociais, de acordo com Weber são:
Tradicional: ações tradicionais são baseadas nos costumes e hábitos geralmente aprendidos no ambiente familiar e são as ações que mais reproduzimos cotidianamente de forma automática.
Afetiva: vínculos com sentimentos e desejos através dos estados emocionais, em busca de satisfazer suas vontades, por exemplo, loucuras por algo ou alguém.
Racional com relação a valores: são convicções e valores que o indivíduo deposita em suas ações, sejam eles éticos, morais, religiosos ou estéticos, podemos colocar a religião como exemplo, seguir determinada doutrina e seus valores na maneira de agir em sociedade.
Racional com relação a fins: Cabe ao indivíduo calcular, basear, medir e pesar suas ações para chegar em determinado objetivo, podemos citar o exemplo do estudante que precisa alcançar determinada nota
INTERAÇÃO SOCIAL
Interação social é o processo que ocorre quando pessoas agem em relação recíproca em um contexto social. É onde há as trocas entre os indivíduos. O aspecto mais importante da interação social é que ela provoca uma modificação de comportamento nos indivíduos envolvidos, como resultado do contato e da comunicação que se estabelece entre eles. Desse modo, fica claro que o simples contato físico não é suficiente para que haja interação social. Por exemplo, se alguém se senta ao lado de outra pessoa num ônibus, mas ambos não conversam, não está havendo interação social (embora a presença de uma das pessoas influencie, às vezes, um pouco o comportamento da outra).
Os contatos sociais e a interação, constituem, portanto, condições indispensáveis a associação humana. Os indivíduos se socializam através dos contatos e da interação social.
ATIVIDADES
1) Em Ciências Sociais, Relação Social diz respeito ao quê?

2) Que importante sociólogo abordou a teoria da Ação Social?

3) Quais são as quatro (4) ações sociais para Max Weber?

4) O que é a Interação Social?


APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, ANEXÁ-LA NA PLATAFORMA DO CLASSROOM OU ATRAVÉS DO EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 22/06 ATÉ 26/06

ATIVIDADES
1.º ANO
AULA SOCIOLOGIA
ESTIGMA SOCIAL
Estigma social é definido enquanto marca ou sinal que designa o seu portador como desqualificado ou menos valorizado, ou segundo a definição de Erving Goffman: “a situação do indivíduo que está inabilitado para aceitação social plena” (GOFFMAN, 2004, P.4). Para a sociologia o estigma está relacionado com a identidade social dos sujeitos e dos grupos sociais.
ESTIGMA: MARCAS SOCIAIS
ESTIGMATIZADO: FICAR SOCIALMENTE MARCADO

Recorrendo-se à etimologia da palavra percebe-se que ao longo do tempo ela foi adquirindo distintos significados. Inicialmente, ainda na Grécia Antiga, era utilizada para sinalizar as marcas corporais de escravos e criminosos. Na Idade Média, a palavra passou a designar as marcas da graça divina ou sinais físicos causados por doenças. Atualmente, a palavra possui diferentes significados, mas especialmente, no que se refere aos seus aspectos sociais. Para a sociologia o conceito de estigma social está relacionado com a categorização de um grupo por outro, conferindo-lhe um grau inferior de status social. Atribuir um estigma está relacionado com as pré noções, os preconceitos, os esterótipos e o medo do desconhecido que fazemos sobre os outros.
Esse processo é perverso porque a identidade atribuída por um grupo a um indivíduo ou grupo social pode passar a identidade que este mesmo grupo se auto atribui. A normatividade é imposta para ser naturalizada, o que faz com que facilmente o grupo estigmatizado aceite posições inferiores de status social devido a internalização da categoria que lhe é imposta.
Em “Os estabelecidos e os outsiders” Norbert Elias e John Scotson discutem os efeitos dessa relação de poder em uma pequena cidade da Inglaterra. Os autores identificaram nesta pequena cidade as características gerais deste tipo de relação, que aborda um tema humano universal. O que chamou a atenção destes pesquisadores foi a evidência de que as diferenças entre os grupos em disputa serem muito pequenas, apenas o tempo de residência na cidade. O que os levou a concluir que “a exclusão e a estigmatização dos outsiders pelo grupo estabelecido eram armas poderosas para que este grupo preservasse sua identidade e afirmasse sua superioridade, mantendo os outros firmemente em seu lugar” (ELIAS, SCOTSON, 2000, p. 22).
Portanto o estigma cumpre a importante função de designar os que pertencem e os que não pertencem a um determinado grupo, ou os “insiders” e os “outsiders”. O que de fato define esta relação é que o grupo estabelecido, ou aquele que possui o poder de categorizar os demais, atribui a si e aos seus membros características humanas superiores. Isto os autoriza a excluir e diminuir o grupo que categorizam.
A principal consequência deste tipo de relação é a negação de direitos e oportunidades ao grupo estigmatizado. Pode-se pensar na situação de negros, pobres e imigrantes como um exemplo de estigma. Aos serem categorizados enquanto tal passam automaticamente a serem percebidos como indesejáveis, criminosos, preguiçosos, e de maneira geral como uma ameaça.
A melhor forma de evitar os processos de estigma é compreender e conhecer o grupo que está sendo estigmatizado, relacionando as características negativas impostas a eles com as forças sociais, culturais, políticas e econômicas que os envolvem. Sendo assim, é necessário conhecer os tipos de coerção que lhes são impostas, pois muitas vezes estão exercendo os papéis que foram a eles foram designados, sem opção de escolha.
ATIVIDADES
1) COMO É DEFINIDO O ESTIGMA SOCIAL?

2) QUAL ERA O SENTIDO DE ESTIGMA NA GRÉCIA ANTIGA E NA IDADE MÉDIA?

3) ATRIBUIR UM ESTIGMA ESTÁ RELACIONADO AO QUÊ?

4) O ESTIGMA CUMPRE A IMPORTANTE FUNÇÃO DO QUE?

5) DÊ EXEMPLOS DE GRUPOS ESTIGMATIZADOS NA SOCIEDADE?

AO CONCLUIR A ATIVIDADE, FAVOR ENVIAR PARA O EMAIL: ricardossilva@professor.educacao.sp.gov.br


  LINK DO CLASSROOM: 1ºD SOCIOLOGIA



ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 15/06 ATÉ 19/06

1.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
RELAÇÕES SOCIAIS NO SÉCULO XXI
Vivemos atualmente um processo de fragilidade em nossas relações sociais na internet que promove incertezas e dúvidas em nossa existência.
VAMOS LEMBRAR O QUE SÃO RELAÇÕES SOCIAIS?
RELAÇÕES SOCIAIS É O NOME DADO AO RELACIONAMENTO ENTRE DUAS OU MAIS PESSOAS NO INTERIOR DE UM GRUPO SOCIAL.
EXEMPLOS: FAMÍLIA, TRABALHO, ESCOLA

Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, o mundo atual vive um momento de frouxidão nas relações sociais. Isto quer dizer que, com o avanço da tecnologia no século XXI, as pessoas tendem a se relacionar mais por meio de aparelhos eletrônicos do que pessoalmente.
AMOR LÍQUIDO: RELAÇÕES AFETIVAS DESCARTÁVEIS

Hoje, vivemos o que os sociólogos chamam de amor líquido, já que nossas relações de afetividade tornam-se facilmente descartáveis. Assim, o verso do poeta brasileiro Vinícius de Moraes, “Que seja eterno enquanto dure”, encaixa-se perfeitamente ao que estamos vivendo nos dias atuais. Nesse sentido, as relações entre as pessoas estão cada vez mais vulneráveis e a realidade do mundo virtual proporciona a escolha de novos amigos e novos amores facilmente, ou melhor dizendo, num simples “clique” do computador. As identidades são forjadas a fim de chamar atenção das pessoas, pois vivemos a dicotomia entre mundo virtual e mundo real, em que um indivíduo pode assumir diferentes personalidades, mantendo relações pouco duradouras.
VAMOS LEMBRAR DO QUE É IDENTIDADE?
IDENTIDADE É A ATITUDE DE COMPARTILHAR IDEIAS E IDEAIS DE UM DETERMINADO GRUPO SOCIAL
EXEMPLO: QUANDO EU DIGO QUE SOU BRASILEIRO É PORQUE EU ME IDENTIFICO COM: A LÍNGUA PORTUGUESA, AS CORES NACIONAIS, A CULINÁRIA E COM O LOCAL EM QUE NASCI

Essa fase de amor líquido representa um declínio das sólidas relações humanas, posto que por meio de aparelhos como as redes sociais, a amizade, o amor e o respeito entre as pessoas são facilmente descartáveis. Mesmo essas ferramentas virtuais sendo importantes para reencontrar antigos amigos ou conversar com algum parente que esteja distante, elas não substituem a realidade das verdadeiras sensações humanas de trocar palavras com a pessoa que você ama sem ser por meio da tela de computador.
O amor líquido vivido atualmente mostra o enfraquecimento de sentimentos importantes na conduta humana. O namoro virtual é um exemplo que retrata bem a ausência de valores que eram indispensáveis para um relacionamento entre duas pessoas. Possa ser que duas pessoas que se conheçam através de um namoro virtual passem a se encontrar pessoalmente, tendo um relacionamento duradouro, porém, em muitos casos, as relações virtuais são camufladas por personalidades falseadas de “amizade ou amor”.
A ausência de aspectos importantes para um bom relacionamento entre duas pessoas é promovida por essa realidade virtual em que vivemos no século XXI. Nessa virtualização das relações sociais, a construção da amizade ou do amor ocorre sem muitos obstáculos e são rapidamente substituídas por outras como se fossem informações sem valores. Diante disso, o que presenciamos em relação ao amor é que ele está sendo vivenciado de uma maneira mais incerta e duvidosa, pois nunca houve tantas opções de relacionamentos como presenciamos nas redes sociais e nunca houve tanta fragilidade e instabilidade em nossas relações como as vividas atualmente. Portanto, é nessa sociedade líquida que buscamos aquilo que existe desde o surgimento da humanidade, o amor.

ATIVIDADE
1) SEGUNDO O SOCIÓLOGO ZYGMUNT BAUMAN, O MUNDO ATUAL VIVE UM MOMENTO DO QUE?

2) O QUE SÃO RELAÇÕES SOCIAIS?

3) O QUE É O AMOR LÍQUIDO?

4) SEGUNDO O TEXTO, AS IDENTIDADES SÃO FORJADAS PARA O QUÊ?

5) DE ACORDO COM O TEXTO, MESMO QUE AS FERRAMENTAS VIRTUAIS SEJAM IMPORTANTES PARA REENCONTRAR ANTIGOS AMIGOS OU CONVERSAR COM PARENTES DISTANTES, ELAS, NO ENTANTO, NÃO SUBSTITUEM O QUÊ?

Enviar atividades realizadas para o email: ricardocientistasocial@gmail.com

ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 08/06 ATÉ 12/06


AULA DE SOCIOLOGIA
STATUS E PAPEL SOCIAL
Apesar de semelhantes, os conceitos de status e papel social definem duas coisas distintas no campo de estudos da Sociologia. Por isso, precisamos saber qual a utilidade de cada um desses conceitos e que tipo de informação eles nos repassam. Em primeiro lugar, é de suma importância apontar que tais conceitos são necessários para uma análise um tanto mais profunda da pirâmide social que organiza algumas coletividades.


VAMOS ENTENDER A DEFINIÇÃO DE CONCEITO:
CONCEITO É A FORMULAÇÃO DE UMA IDEIA POR PALAVRAS OU UMA DEFINIÇÃO PROPRIAMENTE DITA.


A ideia de status social está ligada às diferentes funções que um sujeito pode ocupar no interior da sociedade em que vive. Se o compreendermos como um sujeito oriundo das classes médias, por exemplo, podemos enxergar quais hábitos, vínculos e funções que podem definir seu status no meio em que vive. Para tanto, avaliamos qual tipo de posto de trabalho ocupado, os locais de lazer frequentados, o partido político ao qual está filiado e sua posição no núcleo familiar.
Para se estabelecer uma definição mais bem acabada sobre os diferentes tipos de status que uma pessoa pode ter, os estudos sociológicos costumam grifar a existência de dois tipos de status: o status atribuído, em que alguém ocupa determinada posição independente de suas próprias ações (como “irmão mais velho” ou “filho de empresário”); e o status adquirido, situação em que a pessoa age em favor de certa condição (como “especialista” ou “criminoso”).
Nesse momento, o conceito de papel social aparece justamente para explicar quais seriam os direitos e deveres que uma pessoa tem ao ocupar um determinado status social. Dessa forma, vemos que o papel social envolve todo o tipo de ação que a própria sociedade espera no momento em que um de seus integrantes ocupa certo status. Exemplificando de forma simples, podemos dizer que o médico deve salvar vidas, a mãe cuidar de seus filhos e o professor repassar conhecimento para os alunos.
Na compreensão de algumas culturas, a relação entre o status e o papel social pode nos mostrar algumas diferenças bastante interessantes. Realizando um contraponto entre duas sociedades, é possível analisar que indivíduos com status sociais semelhantes são levados a desempenhar diferentes funções. Um exemplo disso pode ser notado quando pensamos em um curandeiro de uma tribo indígena e o médico de alguma sociedade capitalista.
Enquanto o primeiro vive em contato com a comunidade e se utiliza de rituais religiosos para cumprir a função de curar pessoas, esperamos que um médico esteja em um consultório e que domine o uso de uma série de procedimentos científicos para realizar essa mesma tarefa. Assim, vemos que status e papel social são ferramentas teóricas de suma importância para o desenvolvimento de vasto leque de temas e objetos da Sociologia.

ATIVIDADE
APÓS A LEITURA DO TEXTO, ANÁLISE, COMPREENDA E RESPONDA ÀS SEGUINTES QUESTÕES:

1) Os conceitos de Status e Papel Social são necessários para que tipo de análise?

2) A ideia de Status está ligado ao quê?

3) Quais são os dois tipos de Status mais conhecidos de acordo com os estudos sociológicos?

4) O conceito de papel social aparece justamente para tentar explicar o quê?

5) Dê o exemplo de um caso envolvendo indivíduos de Status Social semelhante.

Email para o envio da atividade: ricardocientistasocial@gmail.com



ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 26/05 ATÉ 29/05


AULA DE SOCIOLOGIA (26 à 29-05)
CONHECIMENTOS CIENTÍFICO, FILOSÓFICO, RELIGIOSO E DO SENSO COMUM
CONHECIMENTO DO SENSO COMUM
Desde que nascemos, aprendemos continuamente informações sobre o mundo. A conivência em sociedade nos transmite o que é essencial para sobrevivermos.
Esse conhecimento fundamentado na experiência, ou na experiência que nos é transmitida, é chamada senso comum. É como se a experiência fosse um conjunto de fenômenos sobre os quais não cabe questionamento e que, por esse motivo, se impõe como a base das opiniões, idéias e concepções que acabam por prevalecer em determinado contexto social.
Segundo o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, o senso comum é o conhecimento vulgar e prático que orienta as nossas ações no cotidiano e lhes dá sentido. De fato, na maior parte do tempo, ao tomarmos decisões, não realizamos reflexões elaboradas nem experimentos em laboratório. Apenas agimos de acordo do que é considerado adequado, com base em nossa experiência do mundo. Quando o céu fica carregado de nuvens negras, não é preciso ser cientista para saber que logo virá uma tempestade. Sabemos disso porque, todas as vezes em que choveu, o céu tinha sido tomado por nuvens escuras.
CONHECIMENTO RELIGIOSO
O fato de a ciência ser o meio de produção de conhecimento mais amplamente aceitos nas sociedades industrializadas não significa que outros meios tenham desaparecido. Quando o conhecimento sobre o sentido da vida ou sobre como proceder diante da inevitabilidade da morte é fundamentado na crença em Deus ou em um livro sagrado, ele é chamado conhecimento teológico ou religioso.
Diferente da ciência, a religião é um conhecimento sustentado pela crença na existência de uma realidade exterior ao mundo que influencia a percepção e a explicação da realidade social. Seus ensinamentos orientam uma compreensão e uma prática da vida fundamentada nos princípios religiosos.
CONHECIMENTO FILOSÓFICO
A Filosofia também procura explicar a realidade. Mas, diferentemente da fundamentação religiosa, que tem como princípio a fé em uma verdade revelada, amparada em um ou mais deuses ou profetas, a Filosofia empreende um esforço para dar sentido racional aos mistérios do mundo com base no questionamento e na reflexão.
Ainda que seus resultados não precisem ser comprovados em testes de verificação, eles não podem deixar de obedecer aos princípios da razão. Ao procurar responder questões  como “o que é?”, “como é?” e “por que é?”, em outras palavras, ao buscar a essência, a significação da origem das coisas, a Filosofia se vale do pensamento racional e da lógica para justificar e sistematizar o conhecimento que produz.
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
O escurecer do céu e a tempestade que o sucede podem ser analisados mediante a aplicação de um método rigoroso de investigação que explicaria as causas e as conseqüências desse fenômeno, as condições em que ele acontece ou sua periodicidade. Ao seguir esse método, o investigador não apenas produzirá um conhecimento válido como também poderá promover sua aplicação útil. No século XX, o conhecimento formal fundamentado na observação e na experimentação, aliado a sua aplicação útil, tornou-se a principal característica do que chamamos ciência.
O conhecimento científico também é resultado da busca constante por explicações sobre os diferentes eventos que acontecem em nosso mundo. No entanto, essas explicações precisam ser construídas mediante rigorosa execução de um método organizado, com base em teorias coerentes e socialmente aceitas.

COM BASE NA LEITURA E ANÁLISE DO TEXTO, RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:

1) O que é o Senso Comum?
2) Diferente da Ciência, o Conhecimento Religioso é sustentado sobre o quê? Aponte
3) No que a Filosofia se vale para justificar e sistematizar o conhecimento que produz? Aponte.
4) As explicações científicas precisam se construídas mediante o quê? Aponte.

Ao concluir a atividade, favor enviar para o email: ricardocientistasocial@gmail.com

ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 18/05 ATÉ 22/05


PAPÉIS SOCIAIS
Um autor que nos ajuda a compreender bem o conceito de papeis sociais é, sem dúvida, Erving Goffman.  Goffman, por meio de uma linguagem teatral, buscou apresentar como se dá a interação social, destacando como em nossa vida cotidiana desempenhamos diversos papéis sociais de acordo com o que os outros esperam de nós.
Por papeis sociais podemos, grosso modo, definir como sendo as representações de personagens que criamos e recriamos de acordo com as relações sociais que matemos em nossa vida cotidiana, com o cenário, com as nossas experiências anteriores e nossas expectativas futuras, o que Schutz (1989) chamou de “contexto significativo” (Sinnzusammenhang). Assim, ao longo do dia representamos diferentes papéis sociais de acordo com a situação. Em casa representamos o papel de marido ou de filho, mas ao sair para comprar pão aquele papel anterior não mais será representado. Nesse estante o papel a ser representado será o de consumidor. Para cada situação um papel social diferente representará o indivíduo. No ambiente de trabalho os indivíduos inseridos nesse ambiente tenderão a esperar uns dos outros um determinado comportamento, assim como tendo consciência dessa exigência tenderão a atuar em conformidade com o esperado.
Uma boa dica de leitura para fundamentação teórica é a obra de Erving Goffman, especialmente os capítulos I e VI

ATIVIDADE
1) O QUE SÃO OS PAPÉIS SOCIAIS?

2) QUAL O NOME DO PESQUISADOR CANADENSE QUE TRABALHOU COM AS DEFINIÇÕES DE PAPÉIS SOCIAIS?

3) DE EXEMPLOS DE DIFERENTES PAPÉIS SOCIAIS QUE DESEMPENHAMOS NO DIA.


Após a conclusão, favor enviar a atividade resolvida para o email: ricardocientistasocial@gmail.com

ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 11/05 ATÉ 15/05


AULA SOCIOLOGIA – 1.º ANO
OS SONHOS DOS ADOLESCENTES
Alongo de 30 anos de clínica, encontrei várias gerações de adolescentes (a maioria, mas não
todos, de classe média) e, se tivesse que comparar os jovens de hoje com os de dez ou 20 anos
atrás, resumiria assim: eles sonham pequeno. É curioso, pois, pelo exemplo de pais, parentes e vizinhos, os jovens de hoje sabem que sua origem não fecha seu destino: sua vida não tem que acontecer necessariamente no lugar onde nasceram, sua profissão não tem que ser a continuação da de seus pais.
Pelo acesso a uma proliferação extraordinária de ficções e informações, eles conhecem uma pluralidade inédita de vidas possíveis.
Apesar disso, em regra, os adolescentes e os pré-adolescentes de hoje têm devaneios sobre seu
futuro muito parecidos com a vida da gente: eles sonham com um dia a dia que, para nós, adultos, não é sonho algum, mas o resultado (mais ou menos resignado) de compromissos e frustrações.
Um exemplo. Todos os jovens sabem que Greenpeace é uma ONG que pratica ações duras e
aventurosas em defesa do meio ambiente. Alguns acham muito legal assistir, no noticiário, à intrépida abordagem de um baleeiro por um barco inflável de ativistas. Mas, entre eles, não encontro ninguém (nem de 12 ou 13 anos) que sonhe em ser militante do Greenpeace. Os mais entusiastas se propõem a estudar oceanografia ou veterinária, mas é para ser professor, funcionário ou profissional liberal. Eles são "razoáveis": seu sonho é um ajuste entre suas aspirações heroico-ecológicas e as "necessidades" concretas (segurança do emprego, plano de saúde e aposentadoria). [...]
É possível que, por sua própria presença maciça em nossas telas, as ficções tenham perdido
sua função essencial e sejam contempladas não como um repertório arrebatador de vidas possíveis, mas como um caleidoscópio para alegrar os olhos, um simples entretenimento. Os heróis percorrem o mundo matando dragões, defendendo causas e encontrando amores solares, mas eles não nos inspiram: eles nos divertem, enquanto, comportadamente, aspiramos a um churrasco [...] com os amigos.
É também possível (sem contradizer a hipótese anterior) que os adultos não saibam mais sonhar muito além de seu nariz. Ora, a capacidade de os adolescentes inventarem seu futuro depende dos sonhos aos quais nós renunciamos. Pode ser que, quando eles procuram, nas entrelinhas de nossas falas, as aspirações das quais desistimos, eles se deparem apenas com versões melhoradas da mesma vida acomodada que, mal ou bem, conseguimos arrumar. Cada época tem os adolescentes que merece.
Calligaris, Contardo. Os sonhos dos adolescentes. Folha de S.Paulo, 11 jan. 2007. Ilustrada, p. E10.
LEIA ATENTAMENTE O TEXTO E RESPONDA:

1. Será que o autor tem razão? Os jovens só querem um emprego seguro e bem pago, e nada mais?
2. Os jovens de hoje têm a capacidade de reagir com vigor às injustiças, à degradação ambiental ou à morte de pessoas cotidianamente, pela violência ou pela falta de assistência médica?
3. Conformismo ou resistência e ação alternativa: qual a bandeira a ser levantada?

ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 04/05 ATÉ 08/05

AULA – SOCIALIZAÇÃO SECUNDÁRIA
A socialização secundária é qualquer processo subsequente que introduz um indivíduo já
socializado em novos setores do mundo objetivo de sua sociedade.
BERGER, Peter; LUCKMANN, ThomasA construção social da realidade. Petrópolis: Vozes, 2008. p. 175.
Durante a sua vida, o ser humano passará por inúmeras outras “socializações secundárias”, à medida que passa a frequentar outros espaços sociais e a interagir com novos grupos. Cada vez mais, precisará interiorizar novos conhecimentos e saberes específicos para lidar com a realidade de forma bem-sucedida. Um exemplo de processo de socialização secundária é a incorporação de saberes profissionais que preparam o indivíduo para o mundo do trabalho. Isso pode ser feito no interior de uma instituição educacional, como uma faculdade, por exemplo, ou no próprio ambiente de trabalho, à medida que o funcionário aprende, na convivência com os colegas e por meio das instruções de seus superiores, o que é preciso para desenvolver suas atividades.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

O objetivo do exercício apresentado é despertar a consciência para “outros significativos”, para além daqueles que integram o círculo familiar dos alunos e que também contribuíram para o processo de socialização dos jovens. Nesse sentido, a entrada em um contexto diferente, como outra turma ou escola, ou a mudança de cidade, necessariamente implicou o início de um novo processo de socialização em outro meio social. Finalize a atividade, orientando os alunos a responder às questões seguintes:

1) Identifique todas as pessoas que foram importantes nos processos de adaptação às novas situações e por quê.



2) Essas pessoas trouxeram ideias, comportamentos, formas de pensar e agir diferentes das que você aprendeu em casa? De que maneira isso afetou a sua vida?




É importante destacar com os alunos, porém, que o processo de socialização secundária nem sempre é realizado de forma contínua e tranquila em relação ao processo de socialização primária. Em outras palavras, muitas vezes, aquilo que aprendemos mais tarde, na convivência com amigos, colegas, professores, namorados e outras pessoas, nem sempre se encaixa com aquilo que aprendemos em nosso meio familiar de origem. Esse processo, portanto, comporta rupturas, mudanças em nossa maneira de pensar e ver o mundo, que podem ou não ser dramáticas e dolorosas.



ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 27/04 ATÉ 01/05


AULA 1
SOCIALIZAÇÃO
SONDAGEM INICIAL
CAROS ALUNOS, PREENCHAM AS SEGUINTES LACUNAS
* Eu nasci no século_______________________;
* na década de___________________ ;
* no ano de___________________ ;
* no mês de___________________ ;
* no dia_____________________ ;
* no município de________________ :
* no Estado de____________________.
Depois terminarem de responder a essas perguntas, respondam às próximas questões:
* o continente em que vivemos se chama________________________;
* o país que habitamos se chama_____________________________ ;
* o nome do nosso Estado é________________________________ ;
* a cidade em que moramos se chama__________________________;
* o bairro onde fica nossa escola se chama_______________________;
* moro na rua________________________________________________;
* número_____________.

Agora, desenvolvam a seguinte reflexão ao preencher as lacunas:
a) Sabemos que (_________________) é latino-americano, pois vive na América do Sul, é brasileiro e, portanto, fala português, é (_______________________), pois nasceu em (__________________) no Estado de (do/da) ( ).
b) Também sabemos que ele tem (_____) anos, pois nasceu em 20 (___). Isso significa que
(___________ ) é do tempo em que o Brasil estava deixando de ser ou havia deixado de ser uma ditadura militar e voltava a ser uma democracia.
c) O fato de (_______________ ) morar na cidade de (_____________ ) significa que ele conhece (mencionar um ponto de referência da sua cidade) e sabe que os moradores daqui (mencionar um costume, um hábito ou uma característica local, como, por exemplo, “os
paulistanos sofrem muito com o trânsito”).

QUEM SOMOS?

Ainda com base nas informações registradas na atividade de sensibilização, responda:
1. No período que vai do dia em que você nasceu até o dia de hoje, alguma coisa mudou
na sua vida? O quê?



2. Alguém aqui já mudou de casa? Você se lembra quando foi isso (ano, idade que tinha,
um evento acontecido na mesma época)?



3.  Alguém já mudou de escola? Veio de outra cidade? Passou a frequentar uma igreja/religião
diferente?



4. O nascimento ou a morte de alguém de sua família alterou sua vida de algum modo?



Nós não somos quem somos por acaso. Todos temos uma história. Mas o que faz de nós o que somos? Em grande parte, o lugar onde nascemos, quando nascemos e a maneira como aprendemos a viver e a conviver com os outros.

Vamos ver agora as práticas educativas dos jovens na Grécia Antiga, nos séculos V e IV a.C.

O jovem ateniense, com cerca de seis ou sete anos de idade, abandona a companhia exclusiva das mulheres no gineceu (parte da casa que, na Grécia Antiga, era reservada às mulheres) e passa a ir à escola, acompanhado por um escravo a que se chama pedagogo. [...] Os professores trabalham por conta própria e recebem dos pais da criança o pagamento pelos seus serviços. O gramatista ensina a ler, a escrever e a contar, e depois faz os alunos aprenderem de cor os poemas de Homero, de Hesíodo, de Sólon ou de Simônides. Os diálogos de Platão mostram a grande importância que se atribuía ao conhecimento dos poetas para a formação intelectual e moral. O professor de música ensinava a tocar lira (instrumento de cordas dedilháveis ou tocadas com palheta, de larga difusão na Antiguidade) e cítara (instrumento de cordas dedilhadas ou tocadas com palheta, derivado da lira, que atravessou os séculos com muitas variantes, mantendo, no entanto, a característica de que as cordas atravessam toda a caixa de ressonância); esta última era um instrumento mais complexo, que exigia uma competência técnica pouco compatível com as tradições de uma educação liberal. [...] Em todo caso, a música desempenha papel fundamental na educação do jovem grego. Por fim, o professor de ginástica, ou pedótriba, ensinava à criança os principais exercícios atléticos em edifícios especialmente
construídos para esse efeito, chamados palestras (a palestra era uma dependência do ginásio. Uma palestra era formada por um pátio rodeado por construções que serviam de vestiário, salas de ginástica, espaço para descanso e, às vezes, salas para banhos). A partir dos quinze anos, o jovem frequenta ginásios(1) públicos, na Academia, no Liceu ou no Cinosarges, onde encontra à sua disposição instalações análogas às de palestras privadas, tendo além disso uma pista de corrida, jardins e salas de reunião em que os filósofos e os sofistas gostavam de se encontrar com os seus discípulos após os exercícios físicos.
(1) “Situados fora da cidade, eram jardins cheios de árvores, refrescados por águas correntes, em cujas imediações havia monumentos religiosos (altares, estátuas, recintos sagrados) e instalações desportivas: pistas cobertas, fontes em que os atletas se lavavam, pequenas construções onde repousavam e deixavam as suas roupas ou os acessórios.” (CHAMOUX,
2003, p. 302.)
CHAMOUX, François. A civilização grega. Lisboa: Edições 70, 2003. p. 219.

Com base no texto, respondam as seguintes questões:

1. Quais semelhanças você observa na educação dos jovens gregos da Antiguidade e na
educação dos jovens brasileiros de hoje?




2. E quais seriam as diferenças?





AULA 2
SOCIALIZAÇÃO PRIMÁRIA
O aprendizado da linguagem, das formas de convivência, das regras, constitui o que denominamos socialização. Do ponto de vista da Sociologia, a socialização constitui um processo, ou seja, um desenvolvimento pelo qual todos nós passamos no decorrer da vida e que
possui diversas fases. A socialização pode ser definida, em linhas gerais, como a imersão dos indivíduos no “mundo vivido”, que é, ao mesmo tempo, um “universo simbólico e cultural” e “um saber sobre esse mundo”. Em outras palavras, trata-se do processo de aprendizado de tudo aquilo que nos permite viver em sociedade. Desse modo, dizemos que nenhuma pessoa nasce membro de uma sociedade, mas precisa ser gradualmente introduzida nela por meio da interiorização de normas, regras, valores, crenças, saberes, modos de pensar e tantos outros elementos que compõem a herança cultural de um grupo social humano.
O bebê, ao nascer, ainda não detém esse conhecimento. À medida que cresce e se desenvolve, a criança absorve o mundo em que vive como o único que existe, pois é a única realidade que conhece. Ela faz isso por meio de um saber básico que lhe fornece toda a estrutura a partir da qual ela percebe o mundo ao redor, incluindo a linguagem que a ajuda a organizar o que apreende como realidade. A incorporação desse “saber básico” no aprendizado “primário” depende da linguagem (falar, depois ler e escrever) e constitui o processo fundamental da socialização primária (DUBAR, 2005). Desse modo, os saberes básicos incorporados pelas crianças dependerão muito das relações entre sua família e os adultos encarregados de sua socialização.
Chamamos de socialização primária a primeira fase da vida, em que aprendemos a falar,   a brincar e a conviver com as outras pessoas, muitas vezes imitando o que nossos pais e as outras crianças fazem. Vamos ler o trecho para entender o conceito:

A socialização primária é a primeira socialização que o indivíduo experimenta na infância, e em virtude da qual torna-se membro da sociedade.
BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. Petrópolis: Vozes, 2008. p. 175.
“Durante a socialização primária, não escolhemos as pessoas responsáveis por este processo. Em outras palavras, não escolhemos a família em que nascemos. Para as crianças, essas pessoas se tornam seus “outros significativos”, pois são os responsáveis por cuidarem delas e lhes apresentarem, por assim dizer, o mundo ao redor. Ora, nossos pais, avós e irmãos também têm sua própria forma de pensar e ver o mundo, de modo que aquilo que nos ensinaram quando éramos crianças tem relação com a sua maneira de ver as coisas. Por essa razão, tendemos a reproduzir hábitos e costumes dos locais em que nascemos ou fomos criados. Somente mais tarde, quando entramos em contato com pessoas de origens diferentes, percebemos as diferenças entre nosso modo de pensar e agir e o dos outros”.

Com base na leitura do texto, responda aa seguintes questões:

1. Enumere os componentes que você considera importantes no processo de socialização primária de uma criança.



2. Reflita sobre a seguinte questão: Quando termina a socialização primária? Justifique sua resposta.





Nome:
Série:
Enviar a atividade para o email: ricardocientistasocial@gmail.com

COM BASE NO FILME O NÁUFRAGO RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:
1) Quais são as primeiras coisas que Chuck Noland faz ao despertar na praia, após o acidente?



2) De que formas Noland procura se comunicar para pedir socorro?


3) Ao descobrir os cocos verdes, Noland procura abri-los a fim de beber a água e alimentar-se da polpa. Enumere a ordem das etapas empreendidas no esforço para abri-los.
(   ) Utilizar uma pedra para parti-los.
(   ) Atirá-los contra uma parede de pedra.
(  ) Utilizar duas pedras combinadas, uma como martelo, outra como cinzel, para furar o coco.
(   ) Esmurrar o coco contra a parede de pedra.
(  ) Utilizar uma pedra lascada como ferramenta para cortar a casca.
(  ) Tentar abri-los esmurrando-os contra uma rocha pontiaguda.
4) A certa altura, Noland saiu em exploração pela beira da água. Quais eram os seus objetivos?
a) Descobrir onde estava.
b) Reconhecer o território.
c) Perceber os limites geográficos do local.
d) Encontrar outros seres humanos.
e) Todas as alternativas anteriores.

5) Quais foram as suas descobertas?


6) Durante a expedição, Noland avista o que parece ser um dos seus companheiros do acidente. Desesperado, corre até ele, mas, ao chegar encontra apenas um cadáver. Com base no que você viu no filme, responda: O que levou Noland a correr desesperadamente em direção àquilo que vira do ponto mais alto da ilha?



7) Quais são os rituais que Noland realizou durante o funeral?



8) Quais foram os objetos que Noland encontrou ao abrir as caixa recolhidas do acidente?


9) Descreva, com suas próprias palavras, de que modo a personagem utiliza os objetos recolhidos das caixas para a sua sobrevivência?


10) Como Noland conseguiu fazer fogo? Descreva as etapas percorridas até ele conseguir ter sucesso.



ATIVIDADE 2


LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO
Andei sem rumo pela costa, pensando nos meus amigos, todos desaparecidos, com certeza mortos. O mar transformara-se em túmulo, além de carrasco.
Longe, mar adentro, o navio continuava imóvel, encalhado. Eu estava molhado, sem água e sem comida. Nos bolsos, apenas uma faca, um cachimbo e um pouco de tabaco. A noite avizinhava-se. Afastada da praia, encontrei uma pequena fonte de água doce. Matei a sede. Para enganar a fome, masquei um naco de fumo. Sem abrigo, sem armas e com medo de feras selvagens, subi numa árvore para passar a noite. Consegui encaixar o corpo cansado no meio de grossos galhos, sem perigo de cair durante o sono. Adormeci logo. (p. 23) [...]
O navio, trazido pela tempestade, havia se deslocado para um ponto bem próximo à praia. Continuava inteiro, sinal de que, se tivéssemos permanecido a bordo, estaríamos agora todos com vida. (p. 23) [...] Em primeiro lugar salvei os animais domésticos que viajavam no navio: um cachorro e quatro gatos. (p. 24) [...] Rapidamente fiz uma revista geral para ver o que podia salvar da carga. [...] Já havia decidido trazer do navio todas as coisas possíveis de serem transportadas. Sabia não ter muito tempo: a primeira tempestade faria o barco em pedaços. (p. 25) [...] Ia para bordo a nado e voltava sempre com uma nova jangada, aproveitando para salvar assim também o madeirame do navio. Consegui desse modo valiosas “riquezas” para um náufrago: machados, sacos de pregos, cordas, pedaços de pano encerado para vela, três pés de cabra, duas barricas [pequeno recipiente de madeira, destinado a armazenar mercadorias] com balas de mosquete [antiga arma de fogo, parecida com uma espingarda], sete mosquetes, mais outra espingarda de atirar chumbo, uma caixa cheia de munições, o barril de pólvora molhada, roupas, uma rede, colchões e – surpresa! – na quinta ou sexta viagem, quando já acreditava não haver mais provisões a bordo, encontrei uma grande reserva de pão, três barris de rum e aguardentes, uma caixa de açúcar e um tonel [grande recipiente de madeira formado por dois tampos planos e tábuas encurvadas unidas por aros metálicos] de boa farinha... (p. 25-26) [...]
Meu futuro não parecia tão bom... Na verdade prometia ser triste, com poucas esperanças de salvação. Sozinho, abandonado numa ilha deserta, desconhecida e fora das rotas de comércio, não alimentava a menor perspectiva de sair dali com vida. Já me via velho e cansado, passando fome, sem forças para nada: morreria aos poucos. Isto se eu não morresse antes, vítima de alguma tragédia.
Muitas vezes deixei-me levar pelo desânimo. Não foram poucas as lágrimas que salgaram meu rosto. Nessas ocasiões, recriminava e maldizia a Deus. Como podia Ele arruinar suas criaturas de modo tão mesquinho, tornando-as miseráveis, deixando-as ao completo abandono? (p. 29) [...]
Depois de dez dias, fiquei com medo de perder a noção do tempo. Improvisei um rústico, mas eficiente calendário. [...] Todos os dias, riscava no poste um pequeno traço. De sete em sete dias, fazia um risco maior para indicar o domingo. Para marcar o final do mês, eu traçava uma linha com o dobro do tamanho. Dessa forma, podia acompanhar o desenrolar dos dias, conseguindo situar-me no tempo.
Entre tantos objetos, havia trazido do navio tinta, papel e penas para escrever. E, enquanto a tinta durou, mantive um diário, relatando de forma resumida os principais fatos acontecidos. (p. 30) [...] A falta de ferramentas adequadas tornava alguns serviços extremamente demorados. Mas, afinal, para quê pressa? Eu não tinha todo o tempo do mundo? [...] Também descobri que o homem pode dominar qualquer profissão que queira... Aos poucos, tratei de deixar mais confortável o meu jeito de viver. (p. 31) [...]
Foi nessa época que fiquei doente, com febre, e tive alucinações. Vendo a morte muito próxima, fui incapaz de ordenar minhas ideias e colocá-las com clareza no papel. Hoje sei que esse período foi um dos piores da minha vida. A febre veio de mansinho. (p. 36) [...] Num momento de lucidez, entre um ataque e outro de febre, lembrei-me de que, no Brasil, se usava fumo para curar a malária. E eu tinha, num dos caixotes, um pedaço de fumo em rolo e algumas folhas ainda não defumadas. Foi a mão de Deus que me guiou. Buscando o fumo, achei uma Bíblia, guardada no mesmo lugar.
O fumo curou-me a febre: não sabia como usá-lo, por isso tentei diversos métodos ao mesmo tempo. Masquei folhas verdes, tomei uma infusão de fumo em corda com rum, aspirei a fumaça de folhas queimadas no fogo. Não sei qual dos métodos deu resultado: talvez todos juntos. A verdade é que sarei em pouco tempo. A Bíblia foi um bom remédio para a alma. (p. 37) [...]
Sempre quis conhecer a ilha inteira, ver cada detalhe dos meus domínios. Acreditei que tinha chegado a hora. Peguei minha arma, uma machadinha, uma quantidade grande de pólvora e munições, uma porção razoável de comida e pus-me a caminho, acompanhado de meu cão... (p. 42) [...] Na volta, apanhei um filhote de papagaio. Os colonos brasileiros costumavam domesticá-los e ensiná-los a falar. Pensei em seguir-lhes o exemplo. (p. 43) [...]
Foi no início da estação das chuvas. Passando perto da paliçada [cerca feita com estacas apontadas e fincadas na terra], num canto em que o rochedo projetava sua sombra, meus olhos fixaram-se em pequenos brotos germinando. Nunca tinha visto aquelas plantinhas ali. Curioso, aproximei-me e acreditei estar presenciando um milagre: uma ou duas dúzias de pezinhos de milho surgiam da terra. Era milho e da melhor espécie, não havia dúvida. (p. 32) [...] Reconhecido, agradeci à Divina Providência por mais esse cuidado. Só passado algum tempo é que me lembrei de um fato acontecido dias antes. Precisava de algo para guardar restos de pólvora. Procurando no depósito da caverna, achei um velho saco de estopa. Pelos vestígios, no passado servira para armazenar grãos: no seu fundo havia cascas e migalhas de cereais. Para limpar o saco, sacudi esses restos num canto, perto da cerca: milagrosamente haviam germinado! (p. 33) [...]
Precisava de algo para moer o milho e transformá-lo em farinha. Sem instrumentos para fazer um pilão de uma pedra, fiz um de madeira, usando a mesma técnica que os índios brasileiros empregavam na confecção de suas canoas: queimavam a madeira, escavando-a, a seguir, com a plaina [ferramenta manual para aplainar, desbastar, facear e alisar madeiras]. [...]
Poll, meu papagaio, aprendera a falar e acompanhava-me aonde quer que eu fosse. Fazia-me bem ouvir outra voz além da minha: pena não ser de algum homem. (p. 54)
DEFOE, DanielRobinson Crusoé – A conquista do mundo numa ilha.
Tradução e adaptação Werner Zotz. São Paulo: Scipione, 1986 (Série Reencontro).

COM BASE NA LEITURA DO TEXTO RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:

1) Quais são as primeiras coisas que Robinson Crusoé fez ao despertar em terra, após o naufrágio?
2) Ao descobrir que o navio, trazido pela tempestade, encontrava-se próximo à praia e continuava inteiro, Robinson decide ir até ele e ver o que podia salvar da carga. Que tipo de utensílios e ferramentas ele recupera do navio e por que os considera valiosas “riquezas” para um náufrago?
3) Descreva as condições em que Robinson se viu, nos primeiros meses de seu exílio na ilha, e o seu estado de espírito.
4) Alguns comportamentos adotados por Robinson Crusoé não são relacionados diretamente à satisfação de necessidades básicas como alimentação, abrigo e descanso. Dentre as atividades citadas na obra, descreva duas que não se referem propriamente à sobrevivência.
5) Em diversos momentos do texto, Robinson utiliza-se de conhecimentos adquiridos no Brasil para atingir um objetivo. Você pode citar alguns exemplos?
6) Originalmente, Robinson era marinheiro e explorador. Não conhecia muito dos ofícios que viria a desenvolver na ilha. Com base na leitura do texto, o que ele aprendeu a fazer, nos anos em que viveu isolado, tendo apenas as poucas ferramentas que recuperara do navio e os conhecimentos que detinha na época (século XVII)?
7) Durante os anos em que viveu sozinho na ilha, Robinson criou diversos animais de estimação, dentre eles um papagaio chamado Poll, ao qual ensinou a falar. Você poderia explicar por que ele fez isso?


ATIVIDDADE 3


LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO
No fim de semana passado, três homens suspeitos de roubo foram linchados na periferia de Salvador. No sábado, Emílio Oliveira Silva e Michael Santa Izabel, acusados de saquear residências da vizinhança, foram linchados por mais de 30 pessoas. Emílio foi morto a pauladas. Domingo, a vítima foi um homem de identidade desconhecida. Ele também foi perseguido por mais de 30 moradores, que o acusavam de roubar uma TV. Morreu no local, a 200 metros de onde Emílio e Michael foram atacados. Na noite de segunda-feira, em Ribeirão Preto (SP), o estudante Caio Meneghetti Fleury Lombardi, que invadiu um posto de gasolina, atropelou o frentista Carlos Pereira Silva e tentou fugir, sofreu uma tentativa de linchamento. Por fim, na quinta-feira, um adolescente da Fundação Casa (ex-Febem) foi linchado até a morte por outros internos, em Franco da Rocha (SP).
Foram cinco casos noticiados em 6 dias. Não se trata de uma epidemia – em nosso contexto, é algo normal. José de Souza Martins, sociólogo e colaborador do “Aliás”, estuda linchamentos há quase 30 anos e documentou 2 mil casos. [...]

O Brasil é o país que mais lincha no mundo?

Possivelmente. Isso nos últimos 50 anos, período que minha pesquisa abrange. Não dá para ter certeza, porque linchamento é o tipo de crime inquantificável. Mesmo os americanos, quando tentaram numerar seus casos, tiveram fontes precárias. O linchamento é um crime altruísta, ou seja, um crime social com intenções sociais. O linchador age em nome da sociedade. É um homem de bem que sabe que está cometendo um delito e não quer visibilidade. Por outro lado, no Código Penal brasileiro não existe o crime de linchamento, somente o homicídio. Então, ele não aparece nas estatísticas. Os casos são diluídos. Estimo que aconteçam de 3 a 4 linchamentos no país por semana, na média. São Paulo é a cidade que mais lincha. Depois, vêm Salvador e Rio de Janeiro.

Que análise o senhor faz de um país habituado ao linchamento?

As sociedades lincham quando a estrutura do Estado é débil. Há momentos históricos em que isso acontece. Na França, depois da 2a Guerra Mundial, quando não havia uma ordem política, havia a tonsura (a raspagem dos cabelos) de mulheres que tiveram relações sexuais com nazistas. Era uma forma de estigmatizar, para que ela ficasse marcada. O linchamento original, nos Estados Unidos, tinha essa característica.
O que configura um linchamento?

É uma forma de punição coletiva contra alguém que desenvolveu uma forma de comportamento antissocial. O antissocial varia de momento para momento e de grupo para grupo. Na França, ter traído a pátria era um motivo para linchar. No caso da Itália, aconteceu
o mesmo. No Brasil, é o fato de não termos justiça, pelo menos na percepção das pessoas comuns. Nesse caso do atropelamento de um frentista em Ribeirão Preto, por exemplo, o delegado decidiu inicialmente por crime culposo (depois mudou para doloso). As pessoas que tentaram linchar o rapaz acreditavam que não haveria justiça, já que a pena seria mais leve por conta da atenuante.

Qual o perfil de quem é linchado?

Em geral, é linchado o pobre, mas há várias exceções. Há uma pequena porcentagem superior de negros em relação a brancos. Se um branco e um negro, separadamente, cometem o mesmo crime, a probabilidade de o negro ser linchado é maior.

Que criminoso é mais vulnerável?

O linchado pode ser desde o ladrão de galinha até o estuprador de criança. Sem dúvida, os maiores fatores são os casos de homicídio. Se a vítima do assassino é uma criança ou um jovem, ou se houve violência sexual, os linchamentos são frequentes. Há muitas ocorrências por causa de roubo, especialmente se o ladrão é contumaz. Acredito que tenha sido o caso dos rapazes em Salvador. A própria população estabelece uma gradação da pena que vai impor ao linchado. Esta é a dimensão de racionalidade num ato irracional.

Como funciona essa gradação?

Um ladrão de galinha vai sair muito machucado – e pode acontecer de ele morrer. Mas o risco de ser queimado é mínimo. Com o estuprador é o contrário. Há também uma escala de durabilidade do ódio. Se um ladrão sobreviver durante 10 minutos de ataque, está salvo. Tem havido muitas tentativas de linchamento em acidentes de trânsito. Mas normalmente a polícia chega logo e evita o ataque.

Mulheres são linchadas?

É raríssimo. Nos 2 mil casos que estudei, há dois ou três em que uma mulher foi a vítima. Agora, há muitas mulheres linchadoras no Brasil. Mulheres e crianças.

Quem são os linchadores no Brasil?

Não há tanto uma divisão de ricos e pobres. De modo geral, os linchamentos são urbanos. Ocorrem em bairros de periferia. Porém, há linchamentos no interior do país, onde quem atua é a classe média. O caso mais emblemático é o de Matupá, no Mato Grosso. O linchamento foi filmado e passado pela televisão, no noticiário. Três sujeitos assaltaram o banco, a população conseguiu linchá-los e queimá-los vivos. Isso foi a classe média. E quando a classe média lincha, a crueldade tende a ser maior, porque ela tem prazer no sofrimento da vítima. O pobre é igualmente radical, porém é mais ritual na execução do linchamento.
[...]
Estamos todos sujeitos a participar de um linchamento?
Se você tem valores bem fundamentados, não vai participar de um linchamento. Ele envolve pessoas cuja referência social é frágil. O problema é que elas são maioria no Brasil.
Estima-se que 500 mil brasileiros tenham participado de linchamentos nos últimos 50 anos. Não é um número pequeno.
[...]
MARTINS, José de SouzaQuinhentos mil contra umO Estado de S. Paulo, 17 fev. 2008. Aliás.
Entrevista concedida a Flávia Tavares. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/
suplementos,quinhentos-mil-contra-um,125893,0.htm>. Acesso em: 1 out. 2012.

RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES COM BASE NA LEITURA DO TEXTO

1) Por que a jornalista pediu para que o sociólogo falasse sobre o tema?

2) A partir da discussão das características do senso comum e da discussão com seu professor, explique como o entrevistado procura fugir do senso comum ao falar do assunto.

3) Explique o que ele diz sobre o linchamento nas diferentes sociedades.

4) Defina o perfil do linchado.

5) Estabeleça o perfil do linchador.

ATIVIDADE 4

O CONTEXTO DE SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA E AS DIFERENÇAS ENTRE SOCIOLOGIA, SERVIÇO SOCIAL E FILOSOFIA


A Sociologia nasceu no século XIX, um século marcado por dualidades:
*de um lado, a ideia de progresso. Difunde-se a ideia de que a história da humanidade não apenas caminha em uma direção, como também aponta para uma evolução – essa evolução era o progresso da humanidade;
*por outro lado, muitos viam as mudanças em curso como um sinal de desordem, e não de evolução (GAY, 1998; MARTINS, 2003).
Pessoas que viveram o período chamavam a própria época de “uma era de mudanças”, um “século de transições” (GAY, 1998, p. 43). Uma das características do século XIX é que a própria natureza das mudanças se alterou, elas tornaram-se muito mais rápidas. Não só ocorreram as grandes imigrações para a América, como a migração do campo para a cidade. A presença de grandes avanços de um lado, e de miséria, fome e exploração de outro, fez com que as pessoas começassem a ter um sentimento generalizado de desordem, uma sensação de estar à deriva, sem rumo (GAY, 1998). Tratava-se, portanto, de uma época marcada por “dilemas sociais” (FERNANDES, 1980, p. 27), em que a Sociologia surge como ciência preocupada em construir explicações a respeito da sociedade e de suas transformações.
A palavra “Sociologia” nasceu por volta de 1830, na França, cunhada por Augusto Comte. Assim como outros homens de sua época, Comte considerava que a sociedade estava em crise e achava que a função da Sociologia seria a de resolver a crise do mundo moderno, isto é, fornecer um sistema de ideias científicas que presidiria a reorganização social. A Sociologia era entendida de forma ampla e incluía parte da Psicologia, da Economia Política, da Ética e da Filosofia da História.
Achava-se que o mundo moderno estaria em crise, devido ao contexto da época, da Revolução Industrial e da rápida urbanização.
A Revolução Industrial havia começado no século XVIII, mas suas consequências para a vida das pessoas se fizeram sentir com mais força somente no século XIX. Ela está relacionada ao desenvolvimento de um sistema fabril mecanizado, que produz quantidades tão grandes e a um custo tão rapidamente decrescente, que não precisa mais depender da demanda existente, pois ela cria o seu próprio mercado. A indústria automobilística ajuda a entender isso. Não foi a demanda por carros em 1890 que criou a indústria de porte que hoje conhecemos, mas a capacidade de produzir carros baratos – isso é que fomentou a atual demanda em massa. Inclusive, no início, muitas pessoas tinham medo dos carros.
Nos grandes centros urbanos, a Revolução Industrial disseminou a miséria e o descontentamento entre operários e pequenos comerciantes. No século XIX, tanto operários como pequenos comerciantes não viam que o problema não eram as máquinas em si, mas todo um sistema econômico que estava se alterando.
No início da Revolução Industrial, um dos fatores que atraíram os trabalhadores e os fizeram deixar os campos eram os salários mais altos e a liberdade que a cidade trazia. Karl Marx mostra que um fator importante para essa migração para a cidade foi a concentração da propriedade com o objetivo de aumentar as pastagens para a criação de ovelhas, para a produção da lã destinada às manufaturas. A redução da margem de lucro, ocasionada pela competição, fazia com que o preço dos produtos caísse e muitos empresários, para diminuir os
custos de produção, passaram a contratar mulheres e crianças, cujos salários eram muito mais baixos do que os dos homens. A Revolução Industrial alterou o modo de vida das pessoas, trouxe novos costumes, novos hábitos, novos valores. Ela mudou também o ritmo de vida das pessoas. Este sempre fora dado pela luz diurna, fazendeiros e artesãos começavam e terminavam o seu dia, em geral, com o amanhecer e o crepúsculo. Com a disseminação da energia elétrica, o dia passou a ser encompridado artificialmente (antes o gás, o óleo e a vela já faziam isso, mas eram caros). O tempo passou a ser controlado, curvando-se à vontade dos homens. Ele foi regularizado, dividido e homogeneizado As fábricas passaram a funcionar em turnos e os operários começaram a trabalhar à noite. Um último ponto a respeito da industrialização: ela trouxe consigo a disciplina fabril, ou seja, o indivíduo não trabalhava mais de acordo com o clima e estações do ano. Agora deveria aprender a trabalhar de maneira adequada à indústria, ou seja, em um ritmo regular de trabalho diário ininterrupto e inteiramente diferente dos altos e baixos provocados pelas diferentes estações no trabalho agrícola.
Acompanhando a Revolução Industrial ocorria o processo de urbanização, com o desenvolvimento e crescimento desmensurado das cidades, que se tornaram o palco dessas transformações. Ocorreu um esvaziamento do campo. As pessoas não só atravessavam oceanos, como também partiam do campo para as cidades em busca dos meios para sua sobrevivência ou de melhores condições de vida. Paris tinha quase 600 mil habitantes em 1800. Em 1850, mais de 1 milhão, e em 1900, mais de 2,5 milhões (GAY, 1998, p. 45).
Em meio a tudo isso surgiu a Sociologia. Ela veio, nesse primeiro momento, não só para compreender, mas também para reformar a sociedade. Afinal de contas, a pobreza existente nas sociedades industriais não era mais vista como um problema natural, um castigo da natureza ou da Providência, mas fruto da exploração excessiva e, portanto, um problema social. A Sociologia nasceu como uma ciência da sociedade industrial (BOTTOMORE, 2008, p. 19-21), ainda que seus pais não concordassem entre si quanto aos métodos a ser empregados, tampouco quanto ao objeto dessa ciência.
Logo, a Sociologia, desde o seu início, não foi marcada pelo consenso, mas por intensos debates entre diferentes correntes de pensamento. Há correntes que procuram explicar a sociedade a partir de seus fundamentos econômicos (como a de Karl Marx) e outras que fazem uma interpretação causal da cultura e da história (como a de Max Weber). Há também perspectivas teóricas que explicam a sociedade a partir de um princípio do equilíbrio e de uma tendência à integração (como a de Émile Durkheim) e outras que veem a sociedade a partir das contradições e dos antagonismos que separam os indivíduos.
Considerando que os jovens agora já possuem uma noção do contexto do surgimento da Sociologia e de suas tensões, é possível explicar a distinção entre Sociologia e outras disciplinas, como o Serviço Social ou a Filosofia. Muitos jovens confundem-nas. Por isso, faz-se necessário estabelecer uma distinção entre elas. No que se refere ao Serviço Social, pode-se dizer que a Sociologia se distingue dele, pois ela é uma tentativa de compreensão da realidade, ao passo que o serviço do assistente social é sempre uma ação na sociedade (BERGER, 2007).
Também se faz necessária a distinção entre Sociologia e Filosofia. Embora a Filosofia, assim como a Sociologia, estude o ser humano, suas preocupações, normalmente, dizem respeito mais a abstrações do que a uma compreensão dos homens imersos em contextos históricos específicos. Um questionamento filosófico sobre a realidade pode passar pelas seguintes questões: O ser humano é livre? O que é liberdade? Tais questões são muito genéricas e não se preocupam tanto com as especificidades dos diferentes homens e mulheres em sociedades distintas. Na verdade, a Filosofia trabalha, na maioria das vezes, com um conceito genérico de ser humano, pois se preocupa mais com a humanidade. Já o sociólogo preocupa-se com questões específicas a determinados contextos históricos. A abordagem do tema “liberdade”, quando é feita por um sociólogo, pode partir, por exemplo, das seguintes questões: Qual é a concepção de liberdade para os japoneses? No Brasil, existe diferença entre o que uma pessoa de classe média e uma pessoa de classe alta entendem pelo conceito de “liberdade”? Ou seja, há a preocupação em compreender a sociedade em momentos históricos e culturais específicos.
Com isso, esperamos que os alunos tenham adquirido uma noção do trabalho do sociólogo, suas preocupações, bem como entendido o contexto do surgimento da Sociologia.

COM BASE NA LEITURA DO TEXTO, REALIZE AS SEGUINTES ATIVIDADES:

1) Faça um resumo a respeito do surgimento da Sociologia, relacionando-o à Revolução Industrial e ao processo de urbanização.


2) Mostre as diferenças entre o trabalho do assistente social e o do filósofo em comparação
com o do sociólogo.



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